O ATELIÊ PODCAST: criador de "A Mulher da Casa Abandonada", Chico Felitti anuncia novo podcast; saiba mais
Criador do podcast "A Mulher da Casa Abandonada", Chico Felitti lança novo podcast
Depois do grande sucesso de audiência com "A Mulher da Casa Abandonada", Chico Felitti lança seu mais novo podcast nesta quarta-feira (4) nas plataformas de streaming.
Intitulado "O Ateliê", Chico Felitti quer explorar agora mais uma seita. De acordo com o próprio jornalista, o novo podcast acompanha "um grupo de ex-alunos de uma escola de artes no centro de São Paulo".
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"O ATELIÊ": QUAL A HISTÓRIA DO PODCAST?
Nesta terça-feira (3), Chico Felitti fez uma publicação em sua redes sociais, comentando sobre sua mais nova produção. Na legenda, o idealizador do podcast "A Mulher da Casa Abandonada" disse que esta nova produção é um documentário.
A produção pode ser acompanhada nas plataformas de áudio e no YouTube. Da mesma forma que "A Mulher da Casa Abandonada", o público terá a cada quarta-feira um novo episódio disponível. Para acompanhar o podcast "O Ateliê", basta acessar a internet porque o conteúdo é gratuito.
"[Esse grupo de alunos] afirmam ter feito parte de uma seita. É uma história de crime com violência, abuso psicológico & exploração financeira, mas também uma história de coragem & de fraternidade", escreveu Chico Felitti.
"Sou acompanhado na apresentação & na investigação de quase um ano pela brilhante Beatriz Trevisan, que entrevistou comigo mais de 50 de pessoas. São dez episódios, editados pelo gênio Luan Alencar", complementou o jornalista.
ATELIER DO CENTRO SE PRONUNCIA
Para o Socia1, a assessoria do Atelier do Centro enviou uma carta aberta, asinada por Rubens Espírito Santo, fundados da escola.
O gerente rebate as acusações feitas no podcast e dá sua versão dos fatos.
Confira carta aberta na íntegra
Olá, meu nome é Rubens Espírito Santo. Eu sou artista plástico e fundador da Escola Atelier do Centro, uma escola de arte que existe há mais de 20 anos em São Paulo.
Eu resolvi escrever esta carta aberta ao público para responder a uma série de acusações, que estão sendo feitas contra mim e contra a escola no podcast O Ateliê, de Chico Felitti.
O jornalista acusa, de forma fantasiosa, que o Atelier do Centro seria uma seita obscura, dedicada a dominar seus alunos e tirar proveito econômico deles, ao estilo de seitas como a do curandeiro João de Deus e a do líder religioso Jim Jones.
Essas acusações são absurdas, infundadas e constituem um verdadeiro linchamento público de imagem.
O material produzido por ele traz relatos de ex-alunos que me acusam de agressões físicas e psicológicas, sobre as quais eu vou falar ao longo deste texto.
Para estes alunos, eu peço minhas sinceras desculpas pelos eventuais excessos, mesmo que consentidos, que tenham ocorrido em nossa relação, que em grande parte foi marcada por afeto, cumplicidade, aprendizado mútuo e por longos períodos de convivência.
Antes de mais nada, eu gostaria de falar sobre a escola. O Atelier do Centro não é uma seita, como Chico Felitti pretende fazer crer.
O Atelier do Centro é uma escola que oferece cursos livres de arte, filosofia, programas de acompanhamento, de formação e pesquisa continuada.
Nossa sede fica na rua Epitácio Pessoa, 91, no centro de São Paulo, próximo ao Copan. A escola tem sinalização clara em sua fachada, é aberta ao público e os participantes pagam mensalidades para participar das nossas atividades.
Todos podem ingressar e sair da escola a qualquer momento de forma livre e sem constrangimentos. Não trabalhamos nas sombras, como sugere o podcast.
No Atelier do Centro nós adotamos, de fato, um método bastante rigoroso. Nós trabalhamos com pequenos grupos de artistas, arquitetos, cineastas e outros profissionais de áreas criativas que têm interesse em experiências radicais no campo das artes.
Este modelo de experimentação acaba por formar grupos coesos de trabalho e de convivência, pautados por relações intensas, criação de vínculos emocionais, espírito de grupo, disposição para debater questões pessoais e para embates provocativos, alguns deles bastante duros, que têm o propósito de estimular a criatividade e superar limitações.
Não estamos inventando a roda e nem usamos práticas de seitas. Este modelo de trabalho, com forte envolvimento emocional, está presente em orquestras, grupos de teatro e muitas organizações do mundo da cultura.
Neste contexto de trabalho, é natural e proposital que surjam atritos e situações de confronto, como elementos provocadores. A convivência intensa e radical que propomos pode resultar em excessos, que reconheço, podem ter sido cometidos nas relações com ex-alunos, a quem mais uma vez peço desculpas, caso tenham se sentido negativamente afetados. Respeito as críticas e a dor de cada um.
A proposta de convívio, pautada por este ambiente de confronto, no entanto, sempre foi consensual e estava atrelada a um propósito comum e pactuado entre os participantes. Ninguém foi obrigado a nada. Ninguém foi coagido a nada. Ninguém foi submetido a atividades com as quais não estivesse de acordo.
A ex-aluna Mirela Cabral, que deu origem às acusações, por exemplo, começou a frequentar a escola aos 24 anos. Já era formada em cinema, trabalhava na produção de comerciais, era uma mulher plenamente consciente e livre para fazer escolhas. Ela permaneceu conosco durante três anos.
Assim como ela, todos que passaram pela escola estavam livres para fazer escolhas. Nunca coagi ninguém a nada. E é importante destacar que sempre recomendei a todos os participantes dos nossos programas que fizessem terapia, com profissionais independentes, para aperfeiçoar o processo de autoconhecimento, o que não é mencionado por Felitti, nem pelos denunciantes.
Eu gostaria de deixar claro também a questão financeira. Em primeiro lugar, eu queria informar a todos que não tenho bens, exceto minha biblioteca com 7 mil livros de arte, que será vendida para enfrentar as acusações que agora me são imputadas.
Não tenho carro, não tenho apartamento, pago aluguel, como muitos. Não tenho reservas. Vivo do trabalho na escola e da venda de desenhos e esculturas que produzo. Minhas obras estão presentes em algumas coleções particulares do país.
É importante destacar, também, que nunca obriguei nenhum aluno a comprar minhas obras. Os que tinham interesse em adquirir, o fizeram livremente. Alguns participaram de um fundo para compra de obras, mais ou menos no formato de um clube de colecionadores, muito comum em instituições culturais. Sempre com adesão espontânea. Existem alunos que estão no Atelier há muitos anos e nunca participaram de nenhum fundo.
Diante de toda esta situação, eu queria informar a todos que estamos suspendendo as atividades do Atelier do Centro até que todas as acusações sejam devidamente esclarecidas.
Eu gostaria de lembrar também que linchamentos públicos precipitados não levam a bons lugares. A acusação de que formei uma seita no coração da cidade de São Paulo pode render cliques. Pode ser uma boa história para se contar na mídia. Mas ela não reflete a realidade e incorre numa fake news, cheia de fatos distorcidos e descontextualizados, que eu não posso deixar de contestar.
Muito obrigado pela atenção de todos.
'A MULHER DA CASA ABANDONADA': Saiba QUEM É e tudo sobre a história que tomou conta da internet
Olá, meu nome é Rubens Espírito Santo. Eu souartista plástico e fundador da Escola Atelier do Centro, uma escola de arteque existe há mais de 20 anos em São Paulo.Eu resolvi escrever esta carta aberta ao público para responder a uma sériede acusações, que estão sendo feitas contra mim e contra a escola nopodcast O Ateliê, de Chico Felitti.O jornalista acusa, de forma fantasiosa, que o Atelier do Centro seria umaseita obscura, dedicada a dominar seus alunos e tirar proveito econômicodeles, ao estilo de seitas como a do curandeiro João de Deus e a do líderreligioso Jim Jones.Essas acusações são absurdas, infundadas e constituem um verdadeirolinchamento público de imagem.O material produzido por ele traz relatos de ex-alunos que me acusam deagressões físicas e psicológicas, sobre as quais eu vou falar ao longo destetexto.Para estes alunos, eu peço minhas sinceras desculpas pelos eventuaisexcessos, mesmo que consentidos, que tenham ocorrido em nossa relação,que em grande parte foi marcada por afeto, cumplicidade, aprendizadomútuo e por longos períodos de convivência.
Antes de mais nada, eu gostaria de falar sobre a escola. O Atelier do Centronão é uma seita, como Chico Felitti pretende fazer crer.O Atelier do Centro é uma escola que oferece cursos livres de arte, filosofia,programas de acompanhamento, de formação e pesquisa continuada.Nossa sede fica na rua Epitácio Pessoa, 91, no centro de São Paulo, próximoao Copan. A escola tem sinalização clara em sua fachada, é aberta aopúblico e os participantes pagam mensalidades para participar das nossasatividades.Todos podem ingressar e sair da escola a qualquer momento de forma livree sem constrangimentos. Não trabalhamos nas sombras, como sugere opodcast.No Atelier do Centro nós adotamos, de fato, um método bastante rigoroso.Nós trabalhamos com pequenos grupos de artistas, arquitetos, cineastas eoutros profissionais de áreas criativas que têm interesse em experiênciasradicais no campo das artes.Este modelo de experimentação acaba por formar grupos coesos detrabalho e de convivência, pautados por relações intensas, criação devínculos emocionais, espírito de grupo, disposição para debater questõespessoais e para embates provocativos, alguns deles bastante duros, quetêm o propósito de estimular a criatividade e superar limitações.Não estamos inventando a roda e nem usamos práticas de seitas. Estemodelo de trabalho, com forte envolvimento emocional, está presente emorquestras, grupos de teatro e muitas organizações do mundo da cultura.Neste contexto de trabalho, é natural e proposital que surjam atritos esituações de confronto, como elementos provocadores. A convivênciaintensa e radical que propomos pode resultar em excessos, que reconheço,podem ter sido cometidos nas relações com ex-alunos, a quem mais umavez peço desculpas, caso tenham se sentido negativamente afetados.Respeito as críticas e a dor de cada um.A proposta de convívio, pautada por este ambiente de confronto, noentanto, sempre foi consensual e estava atrelada a um propósito comum epactuado entre os participantes. Ninguém foi obrigado a nada. Ninguémfoi coagido a nada. Ninguém foi submetido a atividades com as quais nãoestivesse de acordo.
A ex-aluna Mirela Cabral, que deu origem às acusações, por exemplo,começou a frequentar a escola aos 24 anos. Já era formada em cinema,trabalhava na produção de comerciais, era uma mulher plenamenteconsciente e livre para fazer escolhas. Ela permaneceu conosco durante trêsanos.Assim como ela, todos que passaram pela escola estavam livres para fazerescolhas. Nunca coagi ninguém a nada. E é importante destacar que semprerecomendei a todos os participantes dos nossos programas que fizessemterapia, com profissionais independentes, para aperfeiçoar o processo deautoconhecimento, o que não é mencionado por Felitti, nem pelosdenunciantes.Eu gostaria de deixar claro também a questão financeira. Em primeiro lugar,eu queria informar a todos que não tenho bens, exceto minha bibliotecacom 7 mil livros de arte, que será vendida para enfrentar as acusações queagora me são imputadas.Não tenho carro, não tenho apartamento, pago aluguel, como muitos. Nãotenho reservas. Vivo do trabalho na escola e da venda de desenhos eesculturas que produzo. Minhas obras estão presentes em algumascoleções particulares do país.É importante destacar, também, que nunca obriguei nenhum aluno acomprar minhas obras. Os que tinham interesse em adquirir, o fizeramlivremente. Alguns participaram de um fundo para compra de obras, maisou menos no formato de um clube de colecionadores, muito comum eminstituições culturais. Sempre com adesão espontânea. Existem alunos queestão no Atelier há muitos anos e nunca participaram de nenhum fundo.Diante de toda esta situação, eu queria informar a todos que estamossuspendendo as atividades do Atelier do Centro até que todas as acusaçõessejam devidamente esclarecidas.Eu gostaria de lembrar também que linchamentos públicos precipitadosnão levam a bons lugares. A acusação de que formei uma seita no coraçãoda cidade de São Paulo pode render cliques. Pode ser uma boa história parase contar na mídia. Mas ela não reflete a realidade e incorre numa fakenews, cheia de fatos distorcidos e descontextualizados, que eu não possodeixar de contestar.Muito obrigado pela atenção de todos.