Mapeamento

Margens do Rio Una têm apenas 2,3% de cobertura florestal

Região foi afetada pelas cheias de 2010

Do JC Online
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Publicado em 21/12/2012 às 10:35
Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
Região foi afetada pelas cheias de 2010 - FOTO: Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
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Cenário de enchentes devastadores em 2010, a Bacia Hidrográfica do Rio Una apresenta pouquíssima cobertura florestal. Apenas 2,3% das áreas de preservação dos municípios cortados pelo rio apresentam sua vegetação original. Foi isso que revelou mapeamento realizado pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) em parceria com a Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Os pesquisadores mapearam as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) dos municípios de Água Preta, Palmares, São José da Coroa Grande e Tamandaré. Com 25,1545 km², as áreas estudadas apresentam apenas 2,3% de cobertura florestal. Mesmo com o baixo índice, foram identificadas 227 espécies arbóreas, o que revela a biodiversidade da região.

"Esse dado revela um cenário alarmante. A floresta ciliar serve como barreira física contra as enchentes e a manutenção do volume hídrico e da qualidade da água dos rios. No entanto, essa função está comprometida no Rio Una devido à baixíssima cobertura florestal das regiões por onde passa", afirma o Diretor de Projetos do Cepan, Severino Rodrigo.

Na tarde desta sexta-feira (21), a Semas apresenta os resultados desse estudo para a representantes do governo de Pernambuco. A pesquisa faz parte de um plano de análise da Bacia do Una que vai propor estratégias de restauração e reflorestamento das regiões atingidas pelas cheias de 2010.

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