SUSTENTABILIDADE

Cisternas do Sertão nas escolas do Recife

Projeto da ONG Diaconia foi um dos cinco vencedores de edital da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade

Claudia  Parente
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Claudia Parente
Publicado em 27/08/2015 às 7:31
Diaconia/Divulgação
Projeto da ONG Diaconia foi um dos cinco vencedores de edital da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade - FOTO: Diaconia/Divulgação
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Escolas municipais do Recife vão adotar um sistema de captação de água de chuva, usado há duas décadas no Sertão do Estado. Esse é um dos cinco projetos vencedores do edital da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS) para seleção de propostas da sociedade civil. Cada um vai receber R$ 60 mil, oriundos do Fundo Municipal do Meio Ambiente, e devem ser executados no prazo de um ano a partir da liberação dos recursos. Os projetos foram apresentados ontem, durante reunião do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comam).

Um dos vencedores foi o Águas das chuvas: educação e adaptação às mudanças climáticas na cidade, da ONG Diaconia. Com larga experiências no uso de tecnologias sustentáveis nos Estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, a entidade vai trazer para o Recife uma receita de sucesso no Sertão do Estado: as cisternas de captação de água da chuva. “Esse é um projeto-piloto. A princípio, vamos implantar o reservatório em seis escolas do Recife”, explica o assessor político da Diaconia, Joselito Costa.

O modelo adaptado para escolas terá capacidade menor (6 mil litros) que as cisternas de 16 mil litros, usadas no semiárido para ajudar agricultores a enfrentar as longas estiagens. “Vamos visitar as unidades para identificar as que têm condições de receber o projeto. Depois da seleção, iniciaremos o processo de sensibilização dos alunos para perceberem o impacto das mudanças climáticas nas grandes metrópoles e refletirem como podem ser protagonistas de ações em suas comunidades”, ressalta Joselito.

A Diaconia pretende levar um grupo das escolas ao Sertão do Pajeú, onde atua desde a década de 80, para conhecer como o sistema funciona no semiárido. “Depois, vamos oferecer um curso de pedreiro às pessoas que moram próximo às unidades para aprenderem a construir as cisternas”, adianta Joselito. A destinação da água coletada será decidida por um comitê gestor, formado nas escolas.

Leia mais sobre os outros projetos na edição digital do JC desta quinta-feira (27) 

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