PRESERVAÇÃO

Tartaruga marinha tem cabeça reconstituída após cirurgia inédita em Paulista

Animal está em fase de recuperação na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a expectativa é que, até a próxima sexta-feira (25), o réptil seja submetida a nova cirurgia

Do JC Online
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Publicado em 22/09/2015 às 18:56
Foto: Bruna Maldonado/ Secretaria de Meio Ambiente de Paulista
Animal está em fase de recuperação na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a expectativa é que, até a próxima sexta-feira (25), o réptil seja submetida a nova cirurgia - FOTO: Foto: Bruna Maldonado/ Secretaria de Meio Ambiente de Paulista
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Uma tartaruga da espécie Oliva teve a cabeça reconstituída nesta terça-feira (22), em uma cirurgia veterinária inédita no município dE Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O animal foi encontrado na praia de Maria Farinha com ferimentos graves na cabeça.

Após ser resgatada pelos biólogos da prefeitura, ela foi levada pelos funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) a uma clínica especializada onde, por meio de intervenção cirúrgica, a cabeça da tartaruga foi reconstruída.

A tartaruga está em fase de recuperação na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), mas ainda corre riscos de morrer. A expectativa é de que, até a próxima sexta-feira (25), o réptil seja submetido a uma nova avaliação clínica, para que possíveis infecções e necroses sejam tratadas. Ainda não existe previsão para que o animal volte ao mar. 

Os funcionários do município envolvidos no resgate da tartaruga acreditam que o ferimento na cabeça do animal pode ter sido provocado por uma moto aquática (jet-ski). Essa constatação faz parte das experiências adquiridas com o trabalho de monitoramento da orla, através do Programa Praia Viva, iniciativa que conta com o apoio da ONG EcoAssociados.

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De acordo com o diretor de Unidades de Conservação e Biodiversidade da Semma, Murilo Chagas, a espécie ainda não tinha sido localizada no município. “E por ser uma espécie ameaçada de extinção e pouco encontrada no litoral pernambucano, as ações do Programa Praia Viva torna-se uma importante ferramenta de educação ambiental para informar e sensibilizar a população para a preservação das praias e do manejo das embarcações”, disse.

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A tartaruga Oliva é uma espécie carnívora e alimenta-se de peixes, moluscos, crustáceos, águas-vivas, ovos de peixe e eventualmente algas. Seu habitat natural é principalmente nas águas rasas, mas também aparecem em mar aberto. A área de desova está localizada entre o Litoral Sul do estado de Alagoas e o Litoral Norte da Bahia com maior densidade de desovas no estado de Sergipe. Segundo o Projeto Tamar, existem cerca de 800 mil fêmeas em idade reprodutiva.

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