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Esponja descoberta no Alasca surge como arma contra câncer de pâncreas

Espécie vive em rochas a uma profundidade de entre 70 e 219 metros

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Publicado em 27/07/2017 às 2:47
Foto: NOAA / AFP
Espécie vive em rochas a uma profundidade de entre 70 e 219 metros - FOTO: Foto: NOAA / AFP
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Uma pequena esponja verde, descoberta nas águas do Pacífico no Alasca, pode ser a primeira arma efetiva contra o câncer de pâncreas, revelaram nesta quarta-feira pesquisadores americanos.

O câncer de pâncreas, um tumor particularmente agressivo, é especialmente difícil de tratar.

"Ninguém imaginaria encontrar esta esponja que pode ser milagrosa", disse em entrevista por telefone Bob Stone, pesquisador do Alaska Fisheries Science Center.

Stone descobriu a esponja, chamada de "Latrunculia austini", em 2005, quando explorava o fundo do oceano durante uma expedição no Alasca.

A esponja vive em rochas a uma profundidade de entre 70 e 219 metros.

Testes de laboratório revelaram que várias moléculas desta esponja destroem de maneira seletiva as células do câncer de pâncreas, revelou Mark Hamann, pesquisador da Universidade do Sul da Califórnia.

"Sem dúvida é o maior ativo molecular contra o câncer de pâncreas que já observamos", disse Hamann. "Ainda há muito trabalho a fazer, mas é o primeiro passo-chave no processo de desenvolvimento de um  tratamento".

O câncer de pâncreas avança lentamente, uma circunstância que leva ao diagnóstico tardio dos pacientes, com poucas possibilidades de sucesso no tratamento.

Dados

Apenas 14% dos pacientes sobrevivem após cinco anos com um tumor deste tipo, segundo a American Cancer Society.

"Já identificamos 5 mil extratos de esponjas nas últimas duas décadas", disse Fred Valeriote, do Henry Ford Cancer Institute em Detroit. "Em termos deste padrão particular de atividade seletiva contra o câncer de pâncreas e de ovários, vimos apenas uma (outra) esponja com tal atividade, que foi coletada há muitos anos na Indonésia". 

Nos Estados Unidos, cerca de 53.000 novos casos de câncer de pâncreas serão diagnosticados em 2017, e mais de 43 mil pessoas morrerão por esta causa.

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