Neste domingo, 3 de dezembro, a lua cheia atingiu seu ponto mais próximo da Terra. No observatório do Alto da Sé, em Olinda, quatro telescópios ficaram à disposição do público para quem quisesse apreciar o fenômeno. "Gosto de descobrir o que tem no Universo, os planetas, as estrelas, é bem legal", disse entusiasmado o estudante Breno Galindo, de 13, anos. Ele, que já é monitor do projeto Desvendando o Céu Austral, da UFRPE, foi um dos admiradores da lua que levou para casa um registro fotográfico da Lua, feito com o celular através da lente dos telescópio.
A explicação para a Lua estar tão grande e brilhante foi dada por Cleiton Batista, da Coordenação do Espaço Ciência e responsável pelo Observatório da Sé, prédio histórico de 1890 que é um dos pontos de observação do céu no Grande Recife. Em média, a distância Terra-Lua é de 382.900 quilômetros. Com a Lua no perigeu, ponto mais próximo da Terra, ela parece estar 7% maior e fica 30% mais brilhante. "Este fenômeno acontece geralmente uma vez por ano. A boa notícia é que não vamos precisar esperar muito pela próxima Super Lua. Ela vai acontecer no dia 1° de janeiro de 2018", diz Cleiton Batista.
SUPER LUA
A equipe do projeto Desvendando o Céu Austral, da UFRPE, que dá aulas gratuitas de astronomia básica, se juntou ao grupo do Observatório da Sé pra conversar com o público sobre o céu e seus corpos celeste. "Crianças que se interessam por Astronomia acabam se interessando também por pesquisa e chegam a universidade mais motivados", diz o Antônio Carlos Miranda, professor de Física da UFRPE,e coordenador do projeto Desvendando o Céu Austral.
Para observar a Lua a olho nu, o melhor momento é no final da tarde, logo após seu nascimento, quando ela está pouco acima do horizonte e parece estar ainda maior e mais brilhante. Depois de algumas horas, ainda é possível apreciar a Lua em seus detalhes com crateras e "oceanos", mas apenas com ajuda de telescópios. A Super Lua também influencia nas marés. Nas fases cheia e nova, as forças gravitacionais da Lua e do Sol se combinam para puxar a água do oceano na mesma direção. Em uma Super Lua Cheia, essas forças são maiores. Significa marés ainda mais altas e mais baixas, com gradientes que chegam a ser cinco centímetros superiores.