Há um ano e meio à frente da Universidade de Pernambuco (UPE), o reitor Pedro Falcão considera a recomposição do quadro de servidores como um dos principais problemas a serem resolvidos na instituição. O déficit é de 660 técnicos, estima ele. Nos câmpus de Palmares (Zona da Mata) e Serra Talhada (Sertão), por exemplo, há apenas dois técnicos em cada unidade, cedidos pelas prefeituras. Atualmente a UPE tem 4.814 funcionários. Desses, 4.514 atuam nos hospitais e 300 nas unidades de ensino.
“Iniciei uma conversa com o governador Paulo Câmara para mostrar a ele a necessidade urgente de fazermos um concurso para servidores. O déficit é de 660, mas se conseguirmos 260 dá para tocar minimamente a reitoria e outras unidades da UPE”, diz Pedro Falcão. Para os três hospitais (Cisam, Huoc e Procape) já foi autorizado concurso com 507 vagas. Até o final do mês 152 aprovados em seleção já realizada serão nomeados e começarão a atuar na primeira semana de julho.
O reitor reconhece que é preciso melhorar a estrutura física da universidade, mas não tem dinheiro para isso por enquanto. “Em 2014 havia a ideia da UPE se mudar para a Cidade da Copa (em São Lourenço da Mata). Por isso o Conselho Universitário decidiu não fazer investimentos nos câmpus de Recife e Camaragibe. Isso não vingou e pagamos o preço pois os prédios foram ficando sucateados, se deteriorando”, observa Pedro.
Para assistência estudantil, o reitor espera a liberação de um edital, do Ministério da Educação, do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). “Como aderimos ao Sisu teremos direito a cerca de R$ 2 milhões. O edital ainda não saiu. Vou tentar uma audiência com o ministro da Educação (Mendonça Filho) para tratar desse assunto”, explica o dirigente.
Sobre a expansão no interior, ele informa que deve inaugurar o prédio de Arcoverde no início de 2017 (a obra parou porque houve atraso no repasse da última parcela, por parte da União). O Núcleo de Práticas Jurídicas, para os alunos de direito, começa a funcionar semana que vem. Para Caruaru a pendência com a documentação do terreno foi resolvida, mas não há verba. A unidade de Serra Talhada está prevista para ficar pronta no segundo semestre de 2017. Em Garanhuns será assinada, na próxima 4ª feira, ordem de serviço para construção de um bloco com 14 laboratórios.