O larvicida biológico está voltando a ser usado no Recife para controle do mosquito da dengue, o Aedes aegypti. A Secretaria Municipal de Saúde decidiu substituir a aplicação do veneno químico comprado pelo Ministério da Saúde – o diflubenzuron – depois que agentes de saúde ambiental apresentaram, em exame de sangue, alterações típicas das causadas por derivados de benzeno.
“Agimos por cautela. Não temos como garantir que a alteração nas taxas de meta-hemoglobina resulta do larvicida químico, mas, além dele, nenhum outro produto manipulado pelos agentes tem benzeno”, explica o secretário-executivo de Saúde do Recife, Tiago Feitosa. O monitoramento da saúde dos agentes é iniciativa pioneira da secretaria. Dos 603 submetidos a exame de sangue, oito apresentaram alterações.
Conforme Tiago Feitosa, uma comissão foi formada para investigar melhor a saúde dos profissionais e esclarecer a causa das alterações. O grupo é formado por profissionais do Centro de Saúde do Trabalhador do município, Ceatox e Hemope.
A Secretaria de Saúde do Recife garante que os agentes não apresentam sintomas da intoxicação, que pode levar à anemia e, a longo prazo, a danos renais permanentes.
