FESTEJOS NATALINOS

Papai Noel se emociona com pedidos inusitados

Pacientes do Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (Nacc) visitaram o RioMar e não pediram brinquedos

Betânia Santana
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Betânia Santana
Publicado em 06/12/2012 às 21:41
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Pacientes do Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (Nacc) visitaram o RioMar e não pediram brinquedos - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Até Papai Noel se emocionou com os pedidos, nada convencionais, de crianças que o visitaram, esta quinta (6), no RioMar, na Zona Sul do Recife. Nada de carrinho, boneca ou bicicleta. O maior desejo dos pacientes do Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (Nacc) não eram brinquedos, mas um novo começo. Desejo forte de voltar para casa, poder tocar a vida e curtir a infância.

Ao chegar ao centro de compras, os pequenos pacientes foram recepcionados por duendes, que os levaram até a árvore de Natal gigante, com 19 metros de altura. Dentro da árvore interativa, um tapete de flores esperava os visitantes. Segundo o elfo guardião, ao passar pelo local era preciso mentalizar um pedido para dizer ao Papai Noel. Dito e feito. Na saída, o bom velhinho aguardava as crianças, sentado em seu trenó, à espera dos desejos. Mal sabia ele que receberia em troca sorrisos, abraços e o choro de crianças tão frágeis, mas capazes de transmitir uma força contagiante para lutar pela vida.

Conversador, Luan, 3 anos, saiu de mãos dadas com um dos ajudantes do bom velhinho. O menino mora em um sítio no município de Itaíba, no Agreste, e está fazendo quimioterapia para curar-se da leucemia.

Para Sandra de Amorim, mãe de Renan Gabriel, 2 anos, o melhor da visita é a chance de quebrar a rotina. Há um mês, a família descobriu que o menino estava com leucemia. Desde então, o cotidiano gira em torno de hospital, consultas, quimioterapias e o Nacc. “Graças a Deus meu filho está melhorando. Antes ele era considerado um paciente de alto risco, mas as coisas estão se regularizando. O difícil é passar as festas de fim de ano longe da família”, conta Sandra.

“Não sabia nem o que dizer quando encontrei o Papai Noel. Me emocionei, só queria chorar”, desabafou Tairlan Medrado, 14, que teve uma piora recentemente e trava embates diários para continuar vivo.
Desde o início da semana, mais de 200 crianças já participaram da visita ao shopping, que contou com a parceria do Instituto João Carlos Paes Mendonça (IJCPM).

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