história

Memória eterna do Zeppelin

Parque do Jiquiá terá museu com extensa coleção de peças sobre o Zeppelin reunidas pelo escultor Jobson Figueiredo

Cleide Alves
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Cleide Alves
Publicado em 12/06/2013 às 6:46
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Há 18 anos o escultor Jobson Figueiredo pesquisa a história do Zeppelin, balão dirigível que por sete anos, de 1930 a 1937, realizou viagens entre a Alemanha e o Recife. Em quase duas décadas, reuniu 25 mil peças relacionadas à aeronave. Parte da coleção vai compor o Museu da Segunda Guerra Mundial do Parque do Jiquiá<, Zona Oeste da cidade, onde se encontra a única torre de atracação de Zeppelin ainda existente no mundo.

O acervo contém selos, postais, cartas, revistas, livros, fotografias, cartazes, capacete, medalhas, filmes, CDs e DVDs, entre outros itens, que o artista comprou em viagens nacionais e internacionais. “São peças fabricadas ou que circularam da Primeira (1914-1918) à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), incluindo raridades, com toda a história do Zeppelin, veículo usado no transporte de passageiros, de carga e de correspondências”, afirma Jobson.

Numa edição da revista O Cruzeiro, de 24 de maio de 1930, dois dias depois do primeiro pouso do Zeppelin no Recife, Jobson encontrou uma planta com todos os detalhes da instalação da torre de atracação e demais equipamentos do campo do Jiquiá. A revista Ilustração Brasileira, que circulava no Rio de Janeiro dos anos 30, conta a história dos dirigíveis.

De acordo com ele, o museu ocupará antigos paióis construídos pelas Forças Armadas, para guardar armamentos da Segunda Guerra Mundial. “Encontramos dez paióis, mas dois foram destruídos numa ocupação da área. O museu deverá funcionar em oito deles, cada um com uma temática”, comenta. É um projeto da Prefeitura do Recife, anunciado há anos.

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Além da exposição, a coleção serviu de base para o escultor produzir um livro. Previsto para ser lançado no próximo ano, terá como título "Zeppelin: da Primeira Guerra Mundial ao Parque do Jiquiá". Os dirigíveis (Graf Zeppelin e Hindenburg) eram fabricados na cidade alemã de Friedrichshafen. Saíam de lá e faziam escala no Recife.

Jobson concluiu este ano a obra de restauração da antiga torre de atracação do Jiquiá, recuperando 2.732 peças em pouco mais de 12 meses. Na próxima sexta-feira, às 10h, ele levará a diretora do Museu do Zeppelin (localizado em Friedrichshafen), a curadora e crítica de arte Ursula Zeller, para visitar a torre.

O escultor pretende estabelecer, com a curadora, intercâmbio artístico e cultural entre as duas cidades. “Vou repassar informações sobre o Zeppelin em Pernambuco, será a nossa história levada para a Alemanha”, diz ele.
Quando estiver pronto, o Parque Científico e Cultural do Jiquiá terá o museu, o Memorial Zeppelin, planetário, Museu de Ciências, Praça dos Relógios de Sol e outros atrativos, em 35 hectares.

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