Solidariedade

Grupo de estrangeiros e brasileiros contribui para melhoria de casas humildes

ONG existe desde 1976 e chegou ao Brasil em 1992. Esta semana, estão ajudando seis famílias da Bomba do Hemetério com pequenas melhorias na estrutura da casa.

Maiara Melo
Cadastrado por
Maiara Melo
Publicado em 27/03/2014 às 0:01
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
ONG existe desde 1976 e chegou ao Brasil em 1992. Esta semana, estão ajudando seis famílias da Bomba do Hemetério com pequenas melhorias na estrutura da casa. - FOTO: Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Leitura:

Pessoas que querem fazer a diferença na vida de outras se juntaram e ganharam o mundo através do projeto Habitat para a Humanidade. Eles chegaram ao Brasil  em 1992 e, desde então, já mudaram a realidade de centenas de famílias de 10 estados. Trata-se de uma organização global não-governamental que ajuda na melhoria de casas, com necessidade de reparos para melhor abrigar os moradores.

Desta vez, os beneficiados são seis famílias da Bomba do Hemetério, que estão recebendo a equipe formada por americanos, colombianos, entre outros voluntários de várias nacionalidades. “Nós trabalhamos com microcréditos de até R$ 4 mil. As pessoas devolvem 70% desse valor em até 18 parcelas para que o dinheiro ajude outra família”, explicou o coordenador aqui no Recife, Cláudio Braga.

Mas não é só isso. O Habitat disponibiliza um arquiteto ou um engenheiro para acompanhar a obra de perto, para que não haja erros de planejamento. “Eles direcionam onde e como esse dinheiro deve ser investido. Assim, é garantia de um trabalho bem feito”, continuou Cláudio Braga.

A família da cabeleireira Claudilene de Lima Vila Bela é uma das seis beneficiadas da Bomba do Hemetério. Ela vive com o marido, o marceneiro Luciano Vila Bela, duas filhas de 8 anos e 11 meses, além de um menino que está a caminho. “Nós sempre quisemos fazer o reboco da  casa e trocar a telha,  para reciclável. Ela dura 100 anos”, disse Luciano. 

Claudilene acredita que a ajuda vai bem além da estrutura da casa. “Estamos conversando com os voluntários em inglês, mostrando muito da nossa cultura e vendo um pouco da deles. Agora, estão tomando sorvete de abacate e estão amando”, disse, entre risos. “Isso tudo vai melhorar a nossa vida  e ajudar com a renda, porque eu atendo as clientes nessa área que agora está rebocada.”

Há 14 anos, o professor universitário David Kovac, de 57 anos, sai com alunos americanos nesta missão. “Faço cerca de três viagens por ano. É como se fosse uma pesquisa sobre as pessoas e  culturas. Sempre chamo alunos e todos os anos estou acompanhado de pessoas diferentes”, explicou. 

O projeto nasceu em 1976, depois que um casal saiu de Atlanta, estado norte-americano da Geórgia, para conhecer a África. Lá, perceberam que podiam ajudar as pessoas com e suas moradias. A missão foi estendida a amigos e voluntários do mundo. Quem quiser participar, é preciso procurar o grupo Habitat através do site www.habitatbrasil.org.br.

Últimas notícias