Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, que aconteceu no último domingo, a Secretaria de Saúde do Recife e do Estado realizam atividades no Pátio da Basílica do Carmo para chamar a atenção para a prevenção e tratamento. A ação, que acontece das 9h às 16h, conta com a realização de buscas ativas de casos, exame de sintomáticos dermatoneurológicos e de educação em saúde para população em geral.
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Em um ônibus serão instalados três consultórios médicos onde os transeuntes com sintomas da doença serão atendidos. Em cada consultório haverá um especialista fazendo a detecção dos casos, que ao serem confirmados serão encaminhados para a Unidade de Saúde mais próxima da residência do usuário onde terá início o tratamento. As Unidades vão receber uma ficha de contra referência informando o diagnóstico com forma clínica e tempo de tratamento, para garantir a adesão desses pacientes.
O evento, que tem a parceria da Coordenação Estadual de Hanseníase e do Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), favorece a intensificação do diagnóstico precoce da hanseníase, propiciando acesso ao tratamento adequado em tempo hábil, especialmente nas classes mais carentes desprovidas de informações.
DOENÇA – A hanseníase é uma doença infecciosa transmitida pela pessoa doente para uma sadia pelo contínuo contato. Com alto poder incapacitante, esta é uma doença de grande importância para a saúde pública e atinge principalmente a faixa etária economicamente ativa. Ela é transmitida pelo bacilo M. leprae, bactéria que ataca o sistema nervoso periférico e provoca alterações de sensibilidade ao frio/calor, ao tato e à dor. A doença também pode evoluir para perda de força muscular das mãos, pés e olhos.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Executiva de Vigilância a Saúde, até dezembro de 2014, o número de casos novos detectados na população geral e em menores de 15 anos em Recife foi de 359 e 36 respectivamente, o que representa 17,9% e 18,2% dos casos novos detectados no Estado.
TRATAMENTO - O tratamento é gratuito, padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), e é realizada nos postos de saúde e na residência. Apenas os casos mais graves e com complicações deverão ser atendidos em unidades de referência. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.
