Com 70% dos serviços concluídos, a dragagem do Rio Beberibe, que corta os municípios de Recife e Olinda, só pode continuar quando as duas prefeituras retirarem as famílias que ainda moram às margens do curso-d’água. A obra prevê o alargamento de um trecho de 13 quilômetros do Beberibe, de sua foz, em Olinda, até o limite entre o Recife e Camaragibe. Como mostrou o JC na edição de ontem, muitas famílias ainda vivem na lama esperando um lugar melhor para morar, pois o PAC Beberibe, parceria do governo federal com a Prefeitura do Recife, está paralisado. O programa previa a retirada de 1,6 mil famílias de áreas ribeirinhas, mas só conseguiu remover pouco mais de 500.
Além da acomodação das famílias que moram nas áreas ribeirinhas, a dragagem do Beberibe tem outro empecilho: a falta de recursos. “Os R$ 65 milhões previstos para a obra foram quase totalmente utilizados”, explica o secretário-executivo de recursos hídricos do governo do Estado, Almir Cirilo. Ele afirma que o governo estuda uma nova engenharia financeira para a conclusão da obra.