Mobilidade

Corredor Leste-Oeste paralisado e sem rumo

Obras estão com atraso de 18 meses e vão ter que passar por nova licitação, após rescição contratual com a construtora responsável

Margarette Andrea
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Margarette Andrea
Publicado em 05/06/2015 às 6:33
Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
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Três anos e oito meses após o início do que seria uma histórica obra de mobilidade do Grande Recife e contabilizados sucessivos atrasos e mudanças de projeto, o rumo do Corredor Leste-Oeste é incerto. Prevista inicialmente para ser entregue em dezembro de 2013, a obra da via exclusiva de BRT (ônibus de trânsito rápido) que liga o Terminal Integrado de Camaragibe ao Centro do Recife está paralisada e sem previsão de ser retomada. A Secretaria Estadual das Cidades (Secid) entrou com pedido de rescisão contratual junto à empresa responsável, o Consórcio Mendes Júnior – Servix Engenharia S/A –, e precisará fazer nova licitação para concluir o serviço.

“Apesar de todos os esforços não conseguimos continuar a obra com o consórcio, então o mesmo foi notificado da rescisão e aplicação de penalidade, uma vez que parou o serviço”, explica o gerente de Mobilidade Urbana da Secid, Gustavo Gurgel. “Esse processo se encontra na Justiça, mas paralelamente estamos elaborando um termo de referência para contratação de uma empresa que faça o diagnóstico do remanescente da obra. A partir desse levantamento, faremos nova licitação para concluir o corredor”. A Mendes Júnior vem paralisando obras após ser acusada de envolvimento na Operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro e evasão de divisas da Petrobras.

De acordo com Gurgel, a empresa que fará o diagnóstico será contratada por meio de pregão, no prazo previsto de um mês. E deverá ter pelo menos mais dois meses para concluir o levantamento. “Também vamos tentar fazer a licitação da nova construtora por meio de pregão, para agilizar o serviço, mas ainda não temos estimativa de prazo final”, salienta.

Segundo o gestor, embora possivelmente algumas estruturas possam estar comprometidas pela exposição ao sol e chuva, o preço da obra não deve ficar muito acima do previsto. “Já concluímos 80% do serviço e a variação de custo deve ser o de atualização dos preços”, afirma. “A obra foi orçada em R$ 145,3 milhões e o que falta deve ficar em 20% desse total”. 

Foto: Ricardo B. Labastier/ JC Imagem
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Para finalizar o corredor, falta concluir a construção dos Terminais Integrados da Terceira Perimetral e Quarta Perimetral, às margens da Avenida Caxangá; do elevado do Bom Pastor, na Iputinga; e de 11 estações. Quatro das plataformas pendentes ficam em Camaragibe e estão sendo erguidas às margens da Avenida Belmino Correia e não no corredor central, como projetado.

Outras seis estações são localizadas na Avenida Conde da Boa Vista, Centro do Recife, e estavam sendo instaladas como provisórias (com estrutura simples), mas se tornaram definitivas, passando por um visível processo de degradação. Ainda parou no caminho a Estação Benfica, na Madalena. Duas outras do bairro da Caxangá – Padre Cícero e Barreiras – foram inauguradas esta semana, após ter o acabamento concluído pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. Apesar da situação, Gurgel assegura: “Concluir o corredor é compromisso do governo e prioridade da secretaria”. 

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