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Moradores do entorno do Conjunto Muribeca estão deixando casas para demolição de prédios

Laudo técnico contratado pelos moradores atesta que não há necessidade da retirada das casas

Do JC Online
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Publicado em 10/06/2015 às 10:00
Foto: Diego Nigro /JC Imagem
Laudo técnico contratado pelos moradores atesta que não há necessidade da retirada das casas - FOTO: Foto: Diego Nigro /JC Imagem
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Os moradores de nove casa localizadas próximas ao conjunto residencial Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, estão deixando os imóveis na manhã desta quarta-feira (10) em cumprimento a uma ação judicial. De acordo com a Caixa Econômica Federal, responsável pelo conjunto que possui 69 blocos, a saída é necessária para que as máquinas possam realizar serviços em dois prédios com risco de desabamento.

Segundo o presidente da associação de moradores da Muribeca, João Freitas, um laudo técnico contratado pelos moradores atesta que não há necessidade da retirada das casas."O banco diz que a distância de segurança está incompatível e os imóveis precisam ser demolidos para demolir os prédios 129 e 155, mas temos provas suficientes de que não há necessidade de tirar essas noves casas. A própria empresa contratada pela Caixa diz que isso não é preciso", explicou João Freitas. 

O presidente da associação reclamou ainda da falta de auxílio moradia para as famílias que moram nas casa que estão sendo desocupadas. "Foi solicitado pelo Ministério Público Federal o auxilio moradia para essas pessoas, mas até agora nenhuma atitude foi tomada por parte da prefeitura", disse. Vivendo há 24 anos em uma das casa, José Francisco da Silva diz não ter para onde ir. "Nos disseram que temos que sair de todo jeito e agora, sem nem auxilio moradia, não sei como vai ser", desabafou.

Com estrutura comprometida, o Conjunto Residencial Muribeca foi interditado pela Prefeitura de Jaboatão. Um estudo apresentado pelo Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) diagnosticou que as construções precisam passar por reformas urgentes. Na Justiça, as famílias conseguiram obrigar a Caixa Econômica a bancar com os custos das obras. A ação pode ser realizada a qualquer momento.

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