MUDANÇA

Projeto Mais Vidas nos Morros chega ao Alto José do Pinho e Mangabeira

O projeto foi lançado em abril deste ano e já beneficiou outras duas comunidades na Zona Norte

JC Online
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Publicado em 11/10/2016 às 10:03
Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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A Prefeitura do Recife entrega na manhã desta terça-feira mais uma etapa concluída do Projeto Mais Vida nos Morros. Desta vez, serão beneficiadas famílias moradoras do Alto José do Pinho e na Mangabeira. O projeto é uma estratégia da Defesa Civil e consiste na requalificação e urbanização onde, anteriormente, só se via lixo e entulho. A prefeitura também instalou, entre os meses de agosto e setembro, uma geomanta para evitar deslizamentos na barreira do Alto José do Pinho. As duas primeiras edições foram realizadas no Alto da Maracanã, em Dois Unidos e no Córrego do Jenipapo.

Ao todo, 300 famílias das duas comunidades foram beneficiadas pelo projeto. O mesmo número de casas foi pintado pelos moradores, com as tintas doadas pela Iquine. Ao longo da subida do Alto José do Pinho, é possível ver os locais onde, com pneus usados, foram construídos jardins e pequenos espaços coloridos, feitos pelos próprios moradores. Na entrada da comunidade, há uma pequena horta, com um minhocário onde a população deposita resíduos orgânicos para virar adubo. Secretário executivo de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Recife, Tullio Ponzi explicou que o objetivo central do projeto é criar um espírito de conservação do local entre os próprios moradores.

Nas paredes das vielas, nas ladeiras, também foram montadas hortas verticais, com plantas medicinais e decorativas. “O importante é reinventar a relação do cidadão com a cidade. Neste projeto, por exemplo, os próprios moradores pintaram as casas uns dos outros e construíram coletivamente os jardins e até um pequeno parque, onde uma sucata de carro virou um banco. A própria população participou do planejamento urbano do local”, ponderou Tullio Ponzi. Ao lado do banco, no chão da Rua Guamari, foi pintada uma pequena quadra de futebol, com marcações para outros jogos na calçada.

Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
A comunidade conta agora com um minhocário e uma horta - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Pontos onde se acumulava lixo agora são jardins - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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A carcaça de um carro virou banco em frente à pequena quadra de futebol - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Foram espalhadas pequenas hortas verticais ao longo da subida - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Foram espalhadas pequenas hortas verticais ao longo da subida - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Corredores foram pintados por artistas locais utilizando a técnica de projeção - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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A geomanta da barreira da rua Guamari foi pintada - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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300 casas foram pintadas - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Além da implantação da geomanta, houve a pintura da barreira - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Além da implantação da geomanta, houve a pintura da barreira - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Hortas verticais onde são cultivadas ervas medicinais - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem

A técnica educacional Joelma Mendes tem 46 anos e, desde que nasceu, mora no topo do Alto José do Pinho. Apesar de aprovar o projeto, ela explicou que o pedido inicial da comunidade era um muro de arrimo, mas a geomanta já traz uma segurança maior. Ela também cobrou uma creche no local. “Melhorou muito, em tudo. As pessoas costumavam jogar lixo na barreira e, com a requalificação e pintura da encosta, isso tem diminuído. Moro aqui desde sempre e vi todas as transformações. Eu espero que continue cada dia mais bonito”, disse Joelma.

Mudanças

O projeto foi lançado em abril deste ano e já beneficiou outras duas comunidades. A primeira foi o Alto do Maracanã, onde 100 famílias foram diretamente atendidas; e a segunda foi no Córrego do Jenipapo, que beneficiou 200 famílias.

LIXO

O foco principal do projeto foi eliminar os locais onde mais se acumulava lixo. Esses locais viraram pequenos jardins, com sementes em um pequeno recipiente, para que os moradores espalhem as plantas na comunidade. Os vasos foram feitos pela própria comunidade, com peus velhos e adubo poduzido no minhocário do local.

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