Maratona

Boa ideia: lixeira troca lixo por créditos no bilhete eletrônico

Projeto foi o vencedor de concurso que buscou soluções para problemas do Recife

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Publicado em 29/01/2017 às 13:53
Tato Rocha/JC Imagem
Projeto foi o vencedor de concurso que buscou soluções para problemas do Recife - FOTO: Tato Rocha/JC Imagem
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Já pensou em jogar o lixo na lixeira e ganhar créditos no seu Vale Eletrônico Metropolitano (VEM)? E que tal tocar em um monumento e permitir que ele conte sua  história? Ou chegar a um lugar e ele mesmo lhe apresentar  outros espaços interessantes da cidade? E em usar os ônibus para mapear a situação das calçadas já pensou? Estudantes recifenses de vários cursos pensaram. E tiveram 48 horas para desenvolver as ideias em grupo. O Makeathon Fab City,  maratona colaborativa de fabricação digital da Virada Maker, terminou neste domingo, no shopping Paço Alfândega, Centro.

O grupo vencedor foi o que desenvolveu a lixeira inteligente, batizada de Recixo. "O principal desafio foi o tempo. Tivemos 48 horas desde a concepção da ideia até fazer ela ficar viável. E ninguém se conhecia. No final, deu tuo certo", diz o estudante de engenharia Otacílio Maia, 20 anos. "Esse tipo de evento é de extrema importância para criarmos soluções para a nossa cidade em vez de só comprar as que vêm de fora".

Todos os participantes foram premiados com cursos de fabricação digital da Fab Lab, mas os vencedores levaram a pemiação em dobro. E os estudantes não pretendem parar por aí. "Vamos estudar a possibilidade de levar o produto ao mercado. Se der tudo certo, dentro de um ano vamos estar com a lixeira na rua", afirma o estudante de computação Carlos Pena, 20.

“Optamos por não oferecer premiação em dinheiro e sim um incentivo, pois a ideia é estimular o ‘faça você mesmo’. Os participantes deveriam buscar soluções físico-digitais para problemas da cidade e entregar um protótipo em 48 horas. Eles trabalharam tão bem em grupo que resolvemos premiar todos”, explica a designer de produtos Cris Lacerda, uma das sócias da Fab Lab, responsável pela maratona. 

O estudante de engenharia civil Pedro Castilho, 23 anos, participou do grupo que desenvolveu uma interface tátil para objetos, com sensor de toque. “Se, por exemplo, a pessoa toca num monumento vai ouvir toda a história dele. E também criamos um aplicativo para pessoas com deficiência auditiva. É uma forma diferente de interagir e de descobrir coisas novas através do toque”, revela.

A maratona foi uma das atividades da 1ª Virada Maker do Brasil, promovida pela Fab Lab, e começou na sexta (27). O evento teve palestras, oficinas, rodada de negócios e atividades infantis, envolvendo artes, arquitetura, urbanismo, moda, ciência e tecnologia. A maratona encerra o evento na tarde deste domingo.

Praias do Capibaribe

O Coletivo Praias do Capibaribe, que vem incentivando a convivência cidadã às margens do rio, montou piscinas, cadeiras e guarda-sóis ao lado do shopping, como parte do evento. Mas, ao contrário de outras edições (são mais de 30), pouca gente aderiu. Uma das produtoras, a arquiteta Luciana Carvalho, 28, informa que o grupo está em busca de financiamento (via a plataforma catarse) para viabilizar as intervenções.


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