O episódio que envolveu uma turista pegando um tubarão com a mão na Baía do Sueste, em Fernando de Noronha, e viralizou nas redes sociais nessa segunda (6), além de gerar uma multa de R$ 10 mil já paga por ela e seu marido, cada um, trouxe a tona uma preocupação que todos os visitantes do local precisam ter: respeito com o meio ambiente. De acordo com o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que cuida da fiscalização das praias do Parque Nacional Marinho, área onde ocorreu o caso, equipes fazem rondas nas áreas de preservação e, ao detectarem algum comportamento indevido, orientam o visitante a respeito das regras do local.
Caso a pessoa insista na infração, ela será enquadrada no Decreto 6.514/2008, que trata sobre delitos e sanções administrativas ao meio ambiente, e punida de acordo com a gravidade do ato. Esses tipos de crime não são frequentes na ilha, visto que o último caso registrado foi em fevereiro de 2014, quando um turista também pegou um tubarão com a mão e foi multado em R$ 5 mil. No caso dessa segunda (6), a infração foi cometida dentro de uma Unidade de Conservação Ambiental, o que dobra o valor da multa, como determina o Decreto 6.514.
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Ainda segundo o ICMBio, ao chegarem à ilha, os turistas recebem orientações específicas sobre como proceder nas praias. Entre as orientações principais, está não caminhar sobre os arrecifes das Praias do Leão e de Atalaia, onde a visita é feita com horário pré-estabelcido, e não pescar ou praticar caça submarina. Jogar lixo nas ruas da ilha ou no mar está estritamente proibido e sujeito a multa, além de acampar nas praias que fazem parte do Parque Nacional Marinho.
Para Felipe Cruz Mendonça, gestor do parque, a conscientização precisa estar em primeiro lugar para quem deseja visitar o arquipélago. "É importante que o visitante que chegue em Fernando de Noronha possa vivenciar um ambiente protegido, onde as espécies da flora e da fauna se encontram em seu habitat natural. Devemos desfrutar, contemplar essa natureza com o mínimo de impacto possível. Ações como essas ainda que pouco comuns no Parnamar precisam ser coibidas com informação, monitoramento e fiscalização", explicou.