ASSALTO

Maior parte da quadrilha veio do Rio Grande do Norte

Quatro dos criminosos, sendo dois mortos e dois presos, têm histórico de crimes no Estado potiguar

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Publicado em 04/03/2017 às 8:33
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Quatro dos criminosos, sendo dois mortos e dois presos, têm histórico de crimes no Estado potiguar - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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Homens com idade entre 20 e 36 anos. Passagens prévias pelo sistema carcerário – com direito a fugas –e diversos processos nas costas, por crimes que vão de homicídio a roubo de bancos, passando por tráfico de drogas e estelionato. A maioria proveniente do Rio Grande do Norte. Eis o perfil médio dos bandidos que participaram do assalto às agências do Banco do Brasil e Itaú no município do Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife, na madrugada da quinta-feira. 

Dos dez criminosos que investiram contra as unidades bancárias, oito já foram identificados, sendo três mortos e cinco presos. Quatro deles são potiguares: José Ivanílson Dias Gomes, 33 anos, e José Henrique da Silva, 34, foram mortos em confronto com a Polícia Militar. Gustavo Luiz do Nascimento, 34, e Ailton Maciel de Oliveira, 22, estão sob custódia da polícia. O paraibano Geraldo Silva Andrade Júnior, 36, o “Perninha”, o amazonense José da Silva, 20, e o alagoano João Paulo dos Santos, 32, também foram presos, enquanto o natural de Cabrobó (Sertão de Pernambuco) Igor Reinaldo Peixoto, 37, também morreu durante o embate com os PMs.

PROMOTOR

Um dos casos mais curiosos é de José Ivanílson, um dos bandidos mortos na última quinta-feira. Conhecido como “Baixinho” e famoso assaltante de bancos no Rio Grande do Norte, ele foi preso em 2014 pela Polícia Federal na cidade de Parnamirim. Na ocasião, portava uma identidade falsa com o nome do promotor Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013, entre os municípios de Itaíba e Águas Belas, no Agreste de Pernambuco. Em julho do ano passado, Baixinho fugiu da Penitenciária Estadual Desembargador Francisco Pereira, em Caicó.

Gustavo Nascimento é natural de Parnamirim e, em 2014, participou do assassinato do agente penitenciário Maxuel André Marcelino, de 44 anos, na mesma cidade, durante a tentativa de resgate de um outro detento que ia para uma audiência. Ele foi encontrado por policiais militares no final da tarde de ontem, no canavial do Engenho Mato Grosso, em Moreno, com uma espingarda calibre 12.

Ailton Maciel foi ferido durante o confronto com unidades especiais da PM, também no canavial. Levou um tiro na barriga e outro no braço, mas foi recolhido ao Hospital Dom Helder (HDH), no Cabo de Santo Agostinho, onde foi operado e se encontra em estado estável, sob custódia da polícia.

Os três presos que aparecem – em imagens que circulam pelo aplicativo Whastapp – na caçamba de uma caminhonete da PM são Geraldo Júnior, João Paulo Santos e José da Silva. Eles se entregaram, ainda no Cabo de Santo Agostinho, quando policiais do 18º BPM chegaram para combater a quadrilha.

O Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou apenas a identificação e liberação do corpo do pernambucano Igor Reinaldo Peixoto, que foi velado e sepultado na tarde de ontem, no Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife. Um das irmãs dele, sem se identificar, admitiu o envolvimento de Igor com o crime. “A gente sabia, mas ele vivia a vida dele, e eu, a minha”, disse. As famílias de José Ivanílson Dias Gomes e José Henrique da Silva, no entanto, estiveram no início da manhã de ontem na sede do órgão, também em Santo Amaro, e reconheceram os corpos. 

De acordo com o IML, no entanto, houve discrepância entre os documentos apresentados para a identificação e foi necessária a doação, por parte de familiares, de material para os exames comparativos de DNA. Os exames devem ser concluídos até o final da próxima semana. Dois dos mortos continuam sem qualquer identificação e sem reclamação por parte de parentes.


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