Em mais uma tentativa de tirar do papel, de fato, o Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC), criado há três anos e cuja elaboração custou quase R$ 1 milhão aos cofres públicos, o governo de Pernambuco está recriando o Escritório da Bicicleta, uma instância de gestão participativa que funcionou ainda na segunda gestão do PSB, em 2013, mas que perdeu força política por ser ineficiente na expansão da ciclomobilidade do Grande Recife.
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A criação do Escritório é prevista no próprio PDC. A unidade funcionou, inicialmente, subordinada à Secretaria Estadual das Cidades, gestora do Programa Pedala PE, incluindo o projeto Bike PE. Mas em 2015, dois anos depois de criada, foi transferida para a Secretaria de Turismo de Pernambuco, já tendo à frente o secretário Felipe Carreras.
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Gestão Participativa
O anúncio da recriação do Escritório da Bicicleta e sua primeira reunião oficial acontecem nesta quarta-feira (26/4), às 9h, na Sala Caruaru do Centro de Convenções de Pernambuco, onde também fica a sede da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Estadual. O argumento do governo para o relançamento de uma unidade de gestão que já havia sido criada é de que, agora, a concepção do Escritório é diferente. Terá uma gestão voltada para as políticas de ciclomobilidade e será totalmente participativa. Representantes dos 14 municípios da Região Metropolitana e de 30 entidades ligadas à ciclomobilidade serão permanentemente ouvidos e terão poder de decisão a partir de agora.
Em junho de 2015, quando levou não só o então Escritório da Bicicleta para a Secretaria de Turismo de Pernambuco, mas toda a política de ciclomobilidade, Carreras tentou dar ânimo à unidade, completamente esquecida na Secretaria das Cidades, que mal conseguia, ainda naquela época, destravar as obras de mobilidade – especialmente os corredores de BRT Leste-Oeste e Norte-Sul.
