CORRENTE DO BEM

Lar para deficientes vítimas de violência doméstica pede ajuda

Neste sábado, um pedágio solidário acontece no cruzamento da Rua Odorico Mendes com a Estrada de Belém, em Campo Grande

Editoria de Cidades
Cadastrado por
Editoria de Cidades
Publicado em 20/05/2017 às 7:30
Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
Neste sábado, um pedágio solidário acontece no cruzamento da Rua Odorico Mendes com a Estrada de Belém, em Campo Grande - FOTO: Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
Leitura:

Nas paredes dos quartos, salas e espaços de convivência, brinquedos e desenhos se misturam em uma tentativa de trazer cor para a vida de crianças portadoras de deficiência que conheceram ainda pequenas a dor do abandono e da negligência. Há 10 anos, o Lar Rejane Marques, em Campo Grande, Zona Norte do Recife, acolhe meninos e meninas entre 0 e 10 anos de idade, vítimas de violência doméstica. Com dívidas acumuladas, a instituição precisa de ajuda para não fechar. Neste sábado (20), voluntários realizam um pedágio solidário às 9h30 no cruzamento da Rua Odorico Mendes com a Estrada de Belém para arrecadar doações.

Para suprir as necessidades básicas dos oito jovens que vivem na casa, a campanha "Seiscentos com você" foi lançada. O objetivo é reunir 600 voluntários dispostos a doar R$ 50 mensais para alimentação, água, luz, IPTU, medicamentos e exames. “Por mês, gastamos cerca de R$ 60 mil. Com a crise, muitas empresas deixaram de doar. Hoje, temos só duas. Nossa receita é de apenas R$ 13 mil", conta a coordenadora da instituição, Danielly Silva.

Devido ao corte, a diretoria do lar, que tem capacidade para 20 crianças, se vê obrigada a limitar a quantidade de vagas. “Temos uma fila de espera e isso nos angustia muito, porque sabemos que são pessoas em situação de risco”, lamenta a coordenadora. As crianças, portadoras de deficiências variadas são levadas até a casa de proteção pelo Conselho Tutelar. Lá, inicia-se um trabalho junto aos pais para possível reinserção familiar, o que acontece em 30% dos casos.

ADOÇÃO

Os que ficam enfrentam outro problema: a adoção. “No nosso País, menos de 1% das crianças com deficiência são adotadas”, aponta. Muitos são acolhidos na faixa etária definida pelo lar, mas acabam virando adolescentes e adultos enquanto esperam uma família.

O lar conta com 16 profissionais especializados em cuidados com crianças e voluntários. A instituição oferece ainda capacitação para quem tiver interesse em ajudar. Doações podem ser feitas na conta-corrente da Caixa Econômica (agência 1294, CC 4158-8, operação 003, CNPJ 08.680.612/0001-84). Informações: 9.9214-6814 e [email protected].

Últimas notícias