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Movimento Novo Jeito convoca voluntários para selecionar donativos

O trabalho é feito num galpão na área central do Recife. Os donativos são destinados às vítimas das enchentes na Mata Sul de Pernambuco

Da Editoria Cidades
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Publicado em 31/05/2017 às 22:30
LUIZ PESSOA/JC IMAGEM
O trabalho é feito num galpão na área central do Recife. Os donativos são destinados às vítimas das enchentes na Mata Sul de Pernambuco - FOTO: LUIZ PESSOA/JC IMAGEM
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O movimento Novo Jeito está convocando voluntários para ajudar na triagem dos donativos que serão enviados às vítimas das enchentes na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Para colaborar são necessários apenas dois requisitos: tempo e disposição. O trabalho é realizado num galpão localizado na Rua Marques de Amorim, 356 b, na Ilha do Leite, bairro da área central do Recife. É só chegar lá e arregaçar as mangas.

A tarefa dos voluntários é selecionar os itens doados pela sociedade, separar por tipo de produto (roupa feminina, roupa infantil, lençóis, toalhas, sapatos) e embalar em sacos. “Essa ação é fundamental porque nem todas as doações podem ser aproveitadas. De todos os donativos, 80% correspondem a roupas, mas só 30% têm condições de serem usadas”, declara o presidente do Novo Jeito, Fábio Silva.

Ele faz um apelo à população para doar somente peças que poderão ser utilizadas. “Recebemos roupas, sapatos e sandálias rasgadas, sujas e mofadas. Tudo isso é descartado. Não vamos entregar peças que seriam jogadas no lixo a pessoas que já estão sofrendo por terem perdido tudo”, destaca Danielle Bezerra, voluntária do Novo Jeito.

O diretor de voluntariado do grupo, Yablans Nascimento, também pede às pessoas que observem o prazo de validade dos alimentos antes de fazer a entrega dos produtos. “Recebemos biscoitos com a validade vencida”, diz ele. Até ontem, o Novo Jeito tinha arrecadado cerca de 20 toneladas de donativos e já tinha enviado 16 toneladas para as famílias desabrigadas e desalojadas pela cheia.


No momento, as doações mais urgentes são cestas básicas, informa Yablans Nascimento. Em especial comida pronta para consumo, como biscoito, bolacha, sardinha em lata, leite, achocolatado e outros produtos não perecíveis que não necessitam de cozimento. “As famílias estão sem fogão”, justifica Danielle Bezerra. Sacos e sacolas grandes para acondicionar os donativos também são bem-vindos, diz a voluntária.

COLABORAÇÃO

Danielle Bezerra acrescenta que parte da triagem pode ser feita em casa, antes da entrega dos donativos. “Quem for doar tênis pode amarrar os cadarços para juntar os pares. Outra dica é colocar os dois pés da sandália dentro de um saco. Perdemos muitos calçados porque não conseguimos juntar os pares”, declara.

O estudante Josélio Maciel e a administradora de empresas Morgana Calábria, moradores do Grande Recife, atenderam a convocação e passaram a manhã de ontem no galpão do Novo Jeito, fazendo a triagem. “Percebi que tinha pouca coisa para doar, então decidi doar meu tempo”, afirma o estudante. “Eu já trabalho com causas sociais e estou de férias, numa situação dessa todos ficam sensibilizados”, declara Morgana.

O governo do Estado recebe donativos na sede do Corpo de Bombeiros (Avenida João de Barros, na Soledade) e no Quartel do Derby (área central do Recife). Secretário de Gestão e Planejamento, Márcio Stefanni lança um apelo à população pernambucana: “As pessoas doam roupas, mas esquecem de peças íntimas. Estamos precisando de calcinhas e cuecas, além de absorventes”. Peças íntimas devem ser novas.

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