Meio Ambiente

Proposta para o Parque do Jiquiá será apresentada à sociedade

Reunião, para convidados, será nesta quinta-feira (13) à noite. Parque do Jiquiá ocupa uma área de 32,4 hectares na Zona Oeste do Recife

Da Editoria Cidades
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Publicado em 13/07/2017 às 8:08
Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O projeto do Parque do Jiquiá será apresentado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, nesta quinta-feira, a líderes comunitários de bairros das Zonas Oeste e Sul da cidade, ambientalistas, universidades e instituições culturais. O encontro, para convidados, será às 19h na Praça da Juventude, localizada na Rua João Cabral de Melo Neto, 121, em San Martin, na mesma região.

Área de lazer de caráter histórico, cultural, ambiental e social, o Parque do Jiquiá será implantado num terreno de 32,4 hectares que serviu como campo de pouso do Graf Zeppelin, no Jiquiá, bairro da Zona Oeste. O dirigível sobrevoou a cidade do Recife na década de 1930, em viagens da Alemanha para a capital pernambucana. O parque, anunciado pela prefeitura em março de 2012, vem sendo executado por etapas e ainda não é visível aos moradores.

“Vamos apresentar a proposta e falar sobre a atual situação do terreno, os conflitos, a importância do parque e os projetos existentes”, informa o gerente-geral de Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, Alexandre Ramos. Nos últimos cinco anos, a prefeitura só conseguiu executar a obra de restauração da antiga torre de atracação do Zeppelin, a única de pé no mundo.

A recuperação dos paióis construídos no local, para armazenar munições durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ficou incompleta. Nenhum dos equipamentos prometidos, como planetário, biblioteca e museu, foi instalado. As próxima ações no terreno, diz Alexandre Ramos, são cercar o parque, construir guaritas e promover melhorias nas trilhas, com a colocação de banquinhos e lixeiras.

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A antiga torre de atracação do Graf Zeppelin é um dos atrativos do Parque do Jiquiá, no Recife - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Iniciada em 2012, obra de implantação do Parque do Jiquiá, na Zona Oeste do Recife, não terminou - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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A torre de atracação do Graf Zeppelin, erguida nos anos 1930 no Jiquiá, é a única de pé no mundo - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Por causa das chuvas, a área de acesso à torre do Zeppelin, no Recife, está alagada e cheia de mato - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O dirigível Zeppelin pousou mais de 60 vezes no campo do Jiquiá, vindo da Alemanha, nos anos 1930 - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O acesso ao Parque do Jiquiá está cheio de poças de água, por causa da chuvas dos últimos meses - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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A restauração da torre de atracação do Zeppelin fez parte da primeira etapa de implantação do parque - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Prédios sem uso no Parque do Jiquiá foram saqueados e estão à espera da obra de recuperação - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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A proposta da Prefeitura do Recife é recuperar os imóveis para atividades educacionais do parque - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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O acesso ao Parque do Jiquiá está cheio de poças de água, por causa da chuvas dos últimos meses - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Guarita de acesso ao parque, no bairro do Jiquiá, localizado na Zona Oeste do Recife - Foto: Leo Motta/JC Imagem
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Portão de entrada do Parque do Jiquiá (Recife) é feito de depósito de lixo por moradores da região - Foto: Leo Motta/JC Imagem

 

Com essas intervenções, previstas para o segundo semestre de 2017, a secretaria poderá abrir uma agenda de visitas escolares programadas ao Parque do Jiquiá, a partir de 2018. A colocação da cerca e das guaritas de proteção está em processo de licitação, informa Alexandre Ramos. O município está negociando recursos para as próximas etapas, que correspondem à recuperação de prédios existentes no terreno para atividades educacionais e equipamentos.

EXPECTATIVAS

Moradores do entorno do Parque do Jiquiá lamentam a demora na execução do projeto. “É um desperdício, um espaço tão grande desse poderia ser melhor aproveitado, mas é tudo abandonado”, declara a dona de casa Elizabete Avelina. “Não entro ali faz muito tempo, tenho medo daquele matagal sem segurança”, acrescenta.

“Eu não acredito mais nesse projeto, na minha opinião é tudo mentira. Só vejo muita promessa, até a placa que botaram para anunciar o parque já caiu”, destaca Maria da Conceição Avelina da Silva. “Conheço essa mata desde mocinha, é um lugar com plantas lindas, cheio de cantos lindos, mas nada disso é aproveitado”, diz.

A diarista Suely Maria Arantes gostaria de ver o parque funcionando com policiamento, pista para caminhada, pracinha e brinquedos infantis. “Qualquer coisa que fizerem de bom para as crianças é bem-vindo”, reforça Maria Inácia Nascimento da Silva. “Tanta gente precisando de moradia e emprego e nada fazem nesse parque, o dinheiro que já gastaram aí veio dos nossos impostos”, completa Janaína Pereira.

A obra de restauração da torre de atracação do Zeppelin e dos paióis da Segunda Guerra Mundial custou R$ 5,9 milhões, num convênio da Prefeitura do Recife com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

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