Urbanismo

Lixeira inteligente é sugerida para as estações do Metrô do Recife

O protótipo da lixeira inteligente foi criado numa maratona de tecnologia. Em troca do lixo, usuário ganha créditos no cartão VEM

Da Editoria Cidades
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Publicado em 27/07/2017 às 18:26
Foto: Fab Lab Recife/Divulgação
O protótipo da lixeira inteligente foi criado numa maratona de tecnologia. Em troca do lixo, usuário ganha créditos no cartão VEM - FOTO: Foto: Fab Lab Recife/Divulgação
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Imagine uma lixeira inteligente, na estação de metrô, onde você descarta o lixo da forma correta e na mesma hora ganha créditos no seu cartão de passagem. Pois a proposta existe e foi apresentada nesta quinta-feira (27/07) no encerramento do Fórum Internacional HOJE Cidades Sustentáveis, promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PE) no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

A lixeira inteligente é dotada de sensor e você precisa apenas do cartão VEM para ativá-la. O sensor identifica o usuário, faz o reconhecimento do lixo e automaticamente libera o crédito no VEM. O protótipo do equipamento é um dos resultados da maratona tecnológica Makeathon Fab City, promovida pelo laboratório de fabricação digital Fab Lab Recife, em janeiro de 2017.

De acordo com Cristiana Lacerda, uma das sócias do Fab Lab, o grupo responsável pelo protótipo informa que também é possível desenvolver um sensor para reconhecer marcas de produtos. Com isso, diz ela, empresas interessadas poderiam patrocinar a fabricação e instalação da lixeira inteligente. “Usamos a tecnologia para criar soluções urbanas”, declara.

O Fab Lab Recife integra a lista de dez projetos nacionais com boas práticas urbanas, selecionados pelo CAU-PE para participar do Fórum Cidades Sustentáveis, realizado em conjunto com o 4º Congresso de Municípios de Pernambuco, organizado pela Associação Municipalista (Amupe). Quatro boas práticas foram premiadas – Fab Lab é uma delas – e seis receberam menção honrosa.

Primeira Makeathon com temática urbana do País, a maratona do Recife deixou como resultado, além da lixeira inteligente, mais três produtos, como o protótipo do City View, um sistema de câmeras, com inteligência artificial, para ser acoplado nas laterais dos ônibus e fazer fotografias de calçadas. As imagens são enviadas para um aplicativo e ranqueadas de acordo com o grau de deterioração.

“Isso facilita na hora de poder público definir ações prioritárias nas calçadas”, afirma Cristiana Lacerda. Ela esclarece que as duas iniciativas podem ser colocadas em prática, se houver interesse dos agentes envolvidos no assunto.

PERTENCIMENTO

Boa prática urbana reconhecida com menção honrosa, o projeto Oxe, Minha Cidade é Massa! foi lançado em maio de 2017 por cinco estudantes de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco. A proposta é resgatar entre os moradores do Recife a memória afetiva, a importância da coletividade e o sentimento de pertencer à cidade.

“O Recife tem muitas coisas boas, temos de reaprender a enxergar a cidade”, observa Rebecca Dantas, que criou o projeto com Larissa Garrido, Izabella Tavares, José Evandro Henriques e Adriano Rodrigo. Eles usam redes sociais para compartilhar cantos e recantos públicos que podem ser (re)descobertos pelos moradores. “A cidade é de todos, as pessoas precisam viver os espaços que ela oferece”, acrescenta Izabella.

Os debates do fórum e do congresso da Amupe, com o tema A cidade que precisamos, estavam focados na nova agenda urbana da ONU. O CAU-PE assinou acordo de cooperação com a ONU para disseminar a agenda, que prevê 45% das áreas urbanas ocupadas com espaços públicos (ruas, parques e praças) nos próximos 20 anos.

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