Reconhecimento

Estudos sobre ação do Zika Vírus na visão de bebês rende prêmios à FAV

Liana e Camila Ventura receberam as premiações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia em Fortalieza

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Publicado em 08/09/2017 às 18:03
Clarissa Siqueira/Rádio Jornal
Liana e Camila Ventura receberam as premiações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia em Fortalieza - FOTO: Clarissa Siqueira/Rádio Jornal
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Estudos da ação do Zika Vírus na visão dos bebês renderam dois prêmios nacionais às oftalmologistas Liana e Camila Ventura, da Fundação Altino Ventura (FAV), do Recife. As premiações, conferidas pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), foram entregues nestas quinta e sexta, em Fortaleza.

Prêmio Waldemar e Rubens Belfort 2017 foi obtido pela melhor pesquisa científica do ano publicada na revista Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. O estudo, realizado em dez lactantes, é sobre achados oftalmológicos em crianças com microcefalia e infecção intrauterina pelo Zika Vírus.

“Percebemos que o vírus atinge desde a área periférica (com distúrbios na retina e até atrofia das camadas em graus variados, chegando à cegueira em alguns casos) até o sistema visual central, no cérebro”, explica Liana. “O mundo inteiro não conhecia as lesões provocadas pelo Zika e isso vai ajudar os oftalmologistas a identificarem o problema e mudarem a conduta no tratamento, para dar melhor qualidade visual às crianças”.

Já o Prêmio Oftalmologia Clínica foi pelo estudo Características do Espectro Oftalmológico de crianças com Síndrome do Zika Vírus Congênita. “Foi a maior amostra de crianças que apresentam problemas na visão provocados pelo vírus. Examinamos 154 crianças (46% do sexo masculino) avaliando o elevado impacto na vida delas”, observa Liana.

EXAMES

A oftalmologista salienta que as pesquisas mostram que o exame ocular (dilatando a pupila para observar o fundo do olho) é fundamental nas zonas endêmicas do Zika Vírus. E deve ser feito mesmo quando as crianças não apresentam microcefalia.
“Esses prêmios mostram a força da oftalmologia de Pernambuco para o Brasil e para o mundo”, afirma, salientando que a FAV propicia o tratamento adequado inclusive às crianças de famílias de baixa renda.

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