A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, reforçou o trabalho de salvamento aquático com a recuperação e entrega de um jet sky para o grupamento de salva-vidas do município. Agora, a cobertura do litoral passa a ser feita por dois veículos adquiridos pelo governo municipal. Os equipamentos são usados no resgate de vítimas de afogamentos e no trabalho de orientação dos banhistas nas praias.
De 6 a 11 de setembro de 2017, o grupamento de salva-vidas do Cabo registrou 2 mil ocorrências envolvendo incidentes de menor gravidade com crianças e adultos, excesso de passageiros em embarcações e afogamentos. No feriadão de 7 de setembro, o relatório de ocorrências divulgado pela Defesa Civil contabilizou 60 casos de afogamentos nas praias de Gaibu, Enseadas dos Corais e Paiva. “O atendimento foi ágil com o uso das equipes de jet sky, fundamental nesses casos. O trabalho de resgate rápido evitou possíveis vítimas fatais”, ressaltou o coordenador de Salvamento Aquático da Defesa Civil, Evaldo da Hora Silva.
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O Cabo possui uma equipe de 50 salva-vidas, distribuídos em postos de salvamento terrestre e um Posto Avançado na Praia de Gaibu. A Prefeitura em conjunto com o Corpo de Bombeiros, irá concluir a sinalização nas praias, com informações das áreas de risco e orientações aos banhistas. A Praia do Paiva já possui esta sinalização.
CASOS
As praias do Cabo de Santo Agostinho recebem cerca de 15 mil pessoas nos finais de semana. Em época de feriado prolongado, o número aumenta em 30%, diz o coordenador de Salvamento Aquático, Evaldo da Hora. Segundo ele, 90% dos casos de afogamento estão relacionados com o uso de bebidas álcoolicas. “É totalmente desaconselhável tomar banho de mar sob efeito de álcool”, enfatizou o coordenador.
O coordenador de Salvamento Aquático do Cabo dá algumas dicas de como evitar situações de afogamento. “Como primeira medida, deve-se identificar nas praias os locais onde estão as equipes salva-vidas. Os observatórios estão sinalizados por bandeiras em vermelho e amarelo”, disse Evaldo da Hora. Crianças menores não devem entrar sozinhas no mar.
O ideal é informar-se sobre as áreas de risco (com correntes marítimas, valas e pedras) e evitá-las. O banhista não deve arriscar-se em mar aberto, com água acima da cintura. Em caso de afogamento, não se deve tentar salvar a vítima. "O resgate de uma vítima de afogamento exige habilidade. Devido o desespero da vítima, ela pode provocar o afogamento de quem deseja salvá-la. O correto é buscar a ajuda do grupamento aquático”, finalizou o coordenador.