A Associação Grupo Humanizar, ONG que há 12 anos promove festa de Natal para crianças vítimas de violência residentes em abrigos, precisa do apoio da sociedade. Faltando menos de um mês para a comemoração, ainda não há presentes suficientes e o quadro de voluntários para o dia do evento não foi preenchido.
“Precisamos de padrinhos para doar os presentes de quase 200 crianças e 300 voluntários para nos auxiliar na festa”, declara a psicóloga Rosana Andrade, presidente da ONG. O Natal sem Lágrimas será no dia 10 de dezembro, na sede de um quartel do Exército no Recife, para 900 jovens de 36 abrigos de 22 municípios e quatro creches.
A missão dos padrinhos é comprar um kit com tudo novo: roupa, sapatos, brinquedo novo e 20 itens de higiene pessoal e material escolar. A entrega deve ser feita até o próximo dia 25 (sábado).
De acordo com Rosana Andrade, a primeira edição do Natal sem Lágrimas contemplou 30 crianças. A última, ano passado, chegou a 800 jovens de 32 entidades. “A cada ano acrescentamos mais 100 crianças, priorizando as que moram em abrigos. Este ano vamos incluir quatro creches que acolhem moradores de favelas e filhos de catadores de recicláveis.”
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Os interessados em colaborar devem entrar em contato com Rosana por telefone ou WhatsApp (81 99245-4783). “Além de empresas e pessoas individuais que apadrinham as crianças e compram o kit completo, recebemos doações avulsas, de pessoas que não podem doar todas as peças do kit.”
Cada saco de presente de Natal é fechado com um laço de fita e traz um cartão com o nome da criança. Durante a comemoração, Papai Noel faz a entrega um por um. “Quando a gente vê o brilho nos olhos deles fica claro que tudo isso faz sentido. São jovens que perderam a capacidade de sonhar e sempre vestem roupas usadas”, afirma Rosana, lembrando que a ação é uma forma de diminuir o sofrimento.
GALPÃO
Os donativos para o Natal sem Lágrimas são conferidos no galpão Casa de Papai Noel mantido pela associação no Barro, Zona Oeste do Recife. “Não podemos entregar às crianças perfumes em frascos de vidro ou objetos cortantes.”
A médica anestesista Líbia Cadete ajuda nesse trabalho no galpão há cinco anos, com outros 19 voluntários. “É um prazer fazer algo pelos outros. Ficamos cansados fisicamente, mas revigorados. Aqui, a troca é o amor, isso me faz muito bem”, declara Líbia Cadete.
