A Secretaria Executiva de Ressocialização (SERES) abriu sindicância para apurar uma denúncia de detentos do Presídio Aspirante Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), do Complexo Prisional do Curado, Zona Oeste do Recife. Em vídeo que circula nas redes sociais, o grupo afirma que sofre homofobia, agressões físicas e extorsões no pavilhão J da unidade, sendo Cláudio Amaro Júnior - condenado pela morte do médico Arthur Eugênio em 2016 - um dos responsáveis.
Segundo o grupo, ele exerce a função de chaveiro do pavilhão, sendo auxiliado por outro detento, conhecido como "Tiago do Cavaco", descrito como homofóbico.
A SERES comunicou ainda que vai averiguar as denúncias, a data da gravação do vídeo e confirmar em qual unidade prisional foi feita a filmagem.
Nas imagens, os detentos dizem ser agredidos com frequência, principalmente aos domingos, após o horário de visitas.
Em contato, o advogado de Claúdio Amaro, Anderson Flexa, disse se tratar de um vídeo antigo e que a família não quis entrar em detalhes sobre o ocorrido.
Relembre o caso
O médico Arthur Eugênio de Azevedo foi assassinado a tiros no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião só foi encontrado no dia seguinte, às margens BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. De acordo com a denúncia oferecida ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime teria sido motivado por desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes, pai do detento citado no vídeo e acusado de ser o mandante do crime, e a vítima.
