Rosinete Maria, mãe da estudante de pedagogia Remís Carla, morta pelo ex-companheiro Paulo César Oliveira da Silva, de 25 anos, afirmou emocionada que ainda tinha esperanças que sua filha estivesse presa em algum local. "Eu tinha esperanças que ela ainda iria aparecer, mas ela apareceu da pior forma possível", lamentou.
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Até o sábado (23) pela manhã, Rosinete procurou Remís nos hospitais, mantendo a esperança. A mãe chegou a acreditar que poderia ser o ex-companheiro o tempo todo. "Desde o primeiro momento eu imaginava que poderia ser ele. A relação deles era acabando e renovando. Ela não contava nada", disse.
Paulo César, que trabalha como pedreiro, chegou a falar com Rosinete na última sexta-feira (22) à tarde, após deixar a delegacia. "Ele passou por mim, me cumprimentou e só isso. Saindo da delegacia, acenou a cabeça, como se dissesse que não tinha nada a ver com o caso. Eu senti isso nele, mas infelizmente ele tinha tudo a ver".
Choque
Igual a situação de José Carlos Costa, pai de Remís, Rosinete também não sabia dos comportamentos agressivos do pedreiro. "Desde o BO, que eu vi o tamanho da ficha dele, aí percebi que ele tinha tudo a ver com o caso".
Crime
De acordo com a polícia, Remís morreu asfixiada por volta das 16h do último domingo (17), durante uma briga na casa do pedreiro. Após constatar a morte da ex-namorada, Paulo César fugiu e só voltou na madrugada da segunda-feira (18) para ocultar o cadáver. No local, ele afirma, envolveu o corpo de Remís e o levou até a área onde a jovem foi encontrada nesse sábado (23), a cerca de 400 metros da casa dele, no loteamento Nova Morada, no bairro de Caxangá, Zona Oeste do Recife.
Paulo César foi localizado pela Polícia Civil em uma serra no município de Vicência, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Em depoimento, ele confessou todo o crime. O homem está preso e vai ser levado para audiência de custódia na tarde deste domingo (24), no fórum Rodolfo Aureliano, no Recife.
De acordo com a Polícia Científica de Pernambuco, todas as perícias realizadas até agora confirmam a versão apresentada pelo suspeito. Os médicos legistas identificaram lesões na região do pescoço do cadáver que teriam sido causadas pela esganadura de Paulo contra Remís. Também não foram encontradas marcas causadas por arma de fogo ou arma branca. A perícia também não identificou vestígios de sangue dentro da casa dele.