Prevenção

Após caso suspeito, procura por vacina da febre amarela é alta no Recife

Só na Policlínica Lessa de Andrade, foram imunizadas 235 pessoas até às 16h da terça-feira (16)

JC Online
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Publicado em 17/01/2018 às 9:06
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Depois da confirmação sobre a primeira investigação de febre amarela no Recife, a procura pela vacina foi alta na Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste da cidade, na manhã desta quarta-feira (17). Lá funciona o Centro de Orientação ao Viajante. Muita gente foi ao local para se prevenir, sobretudo quem tem viagem marcada a Estados onde a incidência da doença é grande, como Rio e São Paulo. Ainda na manhã desta quarta-feira (17), foi divulgado o segundo caso da doença em Pernambuco.

Vacinas

"A procura pela vacina tem aumentado bastante, especialmente depois das ocorrências da doença em municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro (Estados que farão campanha, assim como a Bahia). O Recife tem muitos voos para essas capitais e, por isso, as pessoas têm procurado os postos para a vacinação", informa a coordenadora do Programa de Imunização do Recife, Elizabeth Azoubel. As doses são disponibilizadas apenas para quem comprovar viagem a locais de risco.

Nessa terça-feira, o Lessa de Andrade chegou a imunizar 235 pessoas até às 16h, quando foi realizado o último balanço da policlínica. A média diária, segundo os funcionários da unidade de saúde, é de aproximadamente 50 doses.

   

 

Carlos Januário Bento, de 51 anos, tem viagem marcada para São Paulo e foi avisado que na capital paulista já esgotaram as unidades da vacina. "Eu vou pra São Paulo e a minha parente já aconselhou tomar a vacina aqui e já ir prevenindo. Porque as vacinas de lá já acabaram", afirmou Carlos.

 

 

O comerciário, Fábio Francisco, de 43 anos, acordou cedo e levou sua família para tomar a vacina de prevenção da febre amarela. "Eu e minha família viemos nos prevenir, porque em fevereiro estaremos no Rio de Janeiro", disse.

Clínicas particulares

Nas clínicas particulares, a procura pela vacinação também aumentou. Entre as quatro unidades procuradas pela reportagem ontem, só uma tinha o produto, por R$ 250.

 

Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Bobby Fabisak/JC Imagem
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Primeiro caso

Pernambuco registra oficialmente o primeiro caso em investigação de febre amarela desde a década de 1930. A informação está no balanço divulgado pelo Mistério da Saúde, no fim da tarde desta terça-feira (16), sobre a situação da doença no País. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a paciente é uma pernambucana de 37 anos que foi atendida num hospital particular do Recife no último dia 9. Os sintomas iniciaram dois dias antes, quando ela ainda estava de passagem pela cidade de Mairiporã (município da Grande São Paulo), que é área de risco de febre amarela.

“Ela apresentou febre, mas não desenvolveu outros sinais da doença, como icterícia e hemorragias. Por isso, é uma paciente cujo quadro clínico não se enquadra na definição (completa) de caso humano suspeito de febre amarela. A mulher já teve alta hospitalar. Consideramos improvável ser um caso confirmado da doença, mas não é impossível”, esclarece o epidemiologista George Dimech, diretor-geral de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da SES.

Recomendação

A SES destaca que, por não haver risco de transmissão da doença no Estado, o Ministério da Saúde considera Pernambuco como área sem recomendação de vacina. Sendo assim, não há a necessidade de vacinação para seus residentes e para os turistas que visitam o Estado. A vacina só é indicada para aqueles que moram ou viajarão, por motivo de férias ou trabalho, para as áreas com recomendação de vacina devido ao risco de transmissão.

 

 

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