Após a denúncia de estupro dentro da Unidade de Pronto Atendimento - UPA da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, a direção identificou o suspeito de cometer o crime e o afastou das atividades, na manhã desta quinta-feira. A delegada da Polícia Civil Gleide Ângelo se posicionou sobre o caso e investiga se outras mulheres podem ter sofrido abusos pelo mesmo profissional, caso a denúncia seja confirmada.
Gleide Ângelo garante que a palavra da mulher tem grande força e que precisam ser ouvidas. "Precisamos encorajar as mulheres que sofreram algum tipo de crime por vizinhos e familiares a denunciarem. Estupro é o crime mais covarde que existe. Acontecem em lugares exmos, sem testemunhas e de um jeito que a mulher fique envergonhada, mas isso não vai acontecer. Nós vamos ouvir e tudo será considerado", disse, em entrevista coletiva no final da manhã desta quinta (22).
A delegada relatou que a vítima prestou queixa na Delegacia da Mulher, às 21h da quarta-feira (21). A jovem, de 18 anos, registrou boletim de ocorrência, foi encaminhada para o IML para fazer os exames sexológicos e, posteriormente, o inquérito foi instaurado.
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Prazo
"Ela estava muito tensa, mas conseguiu falar. Hoje (quinta-feira, 22) começamos as diligências. No crime de estupro, a palavra da vítima tem um valor probatório muito forte, mas precisamos buscar outras provas", explica Gleide Ângelo. Segundo ela, tudo será analisado. Para concluir, é necessário ouvir testemunhas, o suspeito e os profissionais que estavam na UPA. O prazo legal de investigação é de 30 dias, podendo ser prorrogado.
A parte investigativa já tomou conhecimento da nota emitida pela Secretaria de Saúde sobre o afastamento do médico. O Ministério Público fará a denúncia e a justiça vai julgar conforme a lei. O inquérito é sigiloso.