Mesmo após realizarem um anúncio que os funcionários dos Correios entrariam em greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira (12), os atendimentos nas agências do Recife estão sendo realizados normalmente nesta manhã. Contudo, segundo uma nota enviada ao JC, os Correios afirmaram que ao longo do dia vão medir a adesão a greve.
Confira a nota completa:
"Neste momento, nenhum serviço está parado, todas as agências estão funcionando. A adesão a greve é medida no decorrer da manhã, por sistema eletrônico, e analisada à tarde.
A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados. Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação anunciada para a próxima segunda-feira (12) pelos trabalhadores, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST.
A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos".
Reivindicação
A categoria reivindica a não realização de concursos públicos desde 2011 para repor postos de trabalho perdidos, evitar mudanças no plano de saúde dos funcionários, que envolvem a cobrança de mensalidades do titular e de dependentes e a insistência em que os servidores entrem no programa de demissão voluntária, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT).
A estimativa é que 36 sindicatos filiados, em todos os estados, tomem a adesão. Por meio da assessoria de imprensa, o sindicato afirmou que não há nenhum impedimento para realizar um novo concurso.
A empresa não se posicionou sobre esse assunto, apenas se pronunciou sobre a questão da greve e comentou que no momento atual, esse movimento serve somente para agravar a situação em que a estatal enfrenta.
A categoria cruza os braços no mesmo dia em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) começa julgamento referente ao plano de saúde, depois de trabalhadores e empresa terem, sem sucesso, tentado chegar a um acordo sobre a questão.