No intuito de promover uma baixa na reprodução do Aedes aegypti, afim de reduzir a população do mosquito transmissor das arboviroses (dengue, zika e chikungunya), o diretor geral adjunto da Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Dazhu Yang, se uniu à Prefeitura da Cidade do Recife, representada pelo secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, nesta quarta-feira (21). A estratégia pioneira consiste em tornar o mosquito macho estéril, em laboratório, por meio da esterilização por radiação ionizante.
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Como consequência, a capacidade de fecundidade e fertilidade dos mosquitos deverão ser comprometidas. No encontro, parcerias futuras para este projeto piloto, nomeado "Mosquito Estéril", foram discutidas.
O secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, explica que o projeto já começou. "Todo estudo de linha de base já está sendo desenvolvido em três pontos da cidade: Mangabeira, Morro da Conceição e Macaxeira. Esses são os bairros que receberão a intervenção", afirma. Os locais foram definidos de acordo com o número de notificação dos casos das arborviroses na cidade e pelos aspectos populacionais e geograficos.
Tecnologia
A técnica usada no projeto, chama Técnica do Inseto Estéril (TIE) é fundamental para garantir que a população humana não entre em contato com o agente etiológico, interrompendo o ciclo de doenças transmitidas pelo mosquito. O projeto conta ainda com a parceria da Moscamed Brasil, a Agência Internacional de Energia Atômica da organização das Nações Unidas (ONU), o Departamento de Energia nuclear da UFPE o laboratório LIKA.