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Fortes chuvas causam alagamentos no Agreste e no Sertão do Pajeú

As chuvas registradas no final de semana trouxeram transtornos, mas também ajudaram a elevar os níveis das barragens

JC Online
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Publicado em 09/04/2018 às 8:32
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As chuvas registradas no final de semana trouxeram transtornos, mas também ajudaram a elevar os níveis das barragens - FOTO: Foto: Cortesia
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As fortes chuvas registradas durante o final de semana causaram alagamentos em alguns pontos do Sertão do Pajeú, principalmente na cidade de Afogados da Ingazeira. Segundo informações da Rádio Jornal, no município choveu 16 vezes mais que o esperado para o final de semana.

Entre a sexta-feira (6) e o domingo (8), foram registrados 160 mm de chuva em Afogados da Ingazeira. Ruas da cidade chegaram a alagar e causar transtornos, principalmente para motoristas que ficaram ilhados. Um canal, na rua Dr Diomedes Gomes, chegou a transbordar.

Moradores da cidade afirmaram que os alagamentos são constantes em períodos de chuva e que quando para, a água rapidamente seca. Apesar de alternadas, as chuvas estão fortes.

De acordo com a Compesa, a Barragem de Brotas passou dos 90% de sua capacidade, 20 milhões de m³.

Em Brejinho, também no Sertão do Pajeú, o domingo foi de bastante chuva. De acordo com Orlando Cavalcante, morador da cidade, há sete anos não chovia com tanta frequência e há pelo menos dois, não eram vistas chuvas intensas. Apesar dos transtornos, como os alagamentos, a chuva é sinônimo de felicidade na região. “Pra gente é ótimo, principalmente porque essa frequência de chuva ajuda na lavoura, no cultivo de milho, feijão e outros produtos daqui”, comenta.

Agreste

Nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, ambas no Agreste pernambucano, as chuvas também causaram estragos. Em apenas 4 horas, Santa Cruz registrou 154 mm de chuva, o que corresponde a 200% a mais do que era esperado para todo o mês de abril.

Segundo moradores, em Toritama, o Rio Capibaribe há 10 anos não ficava tão cheio.

Em Brejo da Madre de Deus, moradores do bairro Zé Monteiro tiveram suas casas invadidas pelas chuvas. Alguns afirmaram que a água chegou até o cintura. Eliano José, pedreiro e morador da área, informou que perdeu o que tinha dentro de sua casa. “É muito difícil a gente acordar de madrugada e enfrentar esse tipo de situação, mas graças a Deus ninguém se feriu. A gente não perdeu ninguém, só perdemos bens materiais”, comenta.

A Prefeitura informou que irá considerado estado de calamidade e que mutirões serão realizados para ajudar os afetados. De acordo com a Compesa, as chuvas aumentaram em 1,9% a capacidade da Barragem de Jucazinho, que está no volume morto e pode comportar até 327 milhões de m³.

 

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