O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco investiga a morte do trabalhador da Jeep, localizada em Goiana, na Região Metropolitana do Recife. A empresa poderá responder pelo acidente fatal, que aconteceu na segunda-feira (16), caso alguma irregularidade seja comprovada durante a perícia.
De acordo com o Ministério Público, ''em caso de verificada a responsabilidade da empresa, o MPT pode acioná-la na justiça do trabalho, pedindo pagamento de dano moral coletivo e regularização das condutas de trabalho, ou ainda firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O procedimento será arquivado, se a culpa da montadora não for comprovada''.
O caso
Vandson Milton da Silva, de 23 anos, morreu durante seu horário de trabalho, na fábrica da montadora, sendo atingido por uma espécie de contêiner. Com o impacto, o trabalhador foi arremessado a metros de distância pela estrutura que mede cinco metros de altura, com peso de aproximadamente 70 Kg.
O rapaz ainda chegou a ser socorrido para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele trabalhava na empresa há 1 anos e 7 meses como executor.
A Jeep informou em nota que a empresa "prestou imediata assistência ao colaborador acidentado e o removeu a Hospital Memorial de Goiana, para continuidade dos socorros necessários" e que a área onde ocorreu o acidente tem "normas operacionais e procedimentos de segurança muito rigorosos". A empresa lamentou o ocorrido e afirmou que está investigando as causas do acidente fatal.
Alerta
Segundo o levantamento feito pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, no Brasil, de 2012 até o mês de abril, mais de R$ 27 bilhões foram gastos com benefícios acidentários.
De 2012 até esta terça-feira (17), mais de 4 milhões de acidentes foram registrados, uma média de 48 por segundo.
Em Pernambuco, no mesmo período de tempo, os dados registram mais de 73 mil acidentes, sendo 383 deles fatais. Uma média de uma morte de trabalhador a cada cinco dias.