Com apresentações a partir do meio-dia de hoje, a quinta edição do Evangelizar é Preciso, que acontecerá na Praia do Pina, Zona Sul do Recife, promete novidades para os fiéis. Além do show do padre Reginaldo Manzotti, considerado a grande atração da noite, quem estiver presente poderá apreciar espetáculos circenses, como a apresentação dos bonecos de Olinda. A renda arrecadada com a venda das camisas, que ainda podem ser adquiridas no quiosque do RioMar Shopping ou no local do evento por R$ 20, será destinada à unidade da Fazenda da Esperança, projeto de reabilitação de dependentes químicos da Igreja Católica.
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“É um momento muito forte de evangelização que faz uma unidade com o projeto da Fazenda da Esperança. Com esse evento, esperamos conseguir o dinheiro que falta (cerca de R$ 300 mil) para finalizarmos as casas que estão sendo construídas e acolher ainda mais pessoas”, afirmou o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Atualmente, a iniciativa atende 13 homens no bairro da Muribequinha, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife e tem uma lista de espera de outras 10 pessoas. Com as outras duas casas em funcionamento, o atendimento será ampliado para 49 dependentes químicos.
Solidariedade
Criador do projeto Evangelizar é Preciso, que este ano tem como tema “Por suas chagas, fomos curados”, o padre Reginaldo Manzotti destacou a importância de ajudar projetos de recuperação como a Fazenda da Esperança e ressaltou a diferença do tratamento oferecido por eles. “Toda ajuda, não importa a circunstância, é bem-vinda. Sua pequena doação com o coração se torna grande em um projeto como esse. A fazenda tem um diferencial, pois é uma cura do corpo e da alma”, explicou. Durante a apresentação da programação do evento, realizada ontem na sede do projeto, o religioso doou uma imagem das Santas Chagas para ficar na capela que será construída no local.
Para quem já passou pela Fazenda da Esperança e hoje auxilia na iniciativa, eventos como o Evangelizar é Preciso ajudam projetos como esses a salvarem mais vidas. “Eu cheguei ao fundo do poço devido ao crack, e fui me tratar na Fazenda da Esperança de Garanhuns (no Agreste do Estado). A dependência química não tem cura, ela tem um tratamento, e graças a esse tratamento mudei minha vida e vejo a de muitos outros serem modificadas todos os dias da mesma forma”, ressalta o paraibano Lincoln Marques, 18 anos, hoje um dos voluntários do projeto.