SOLIDARIEDADE

Cabeleireiros ajudam desabrigados de edifício que ruiu em São Paulo

Os profissionais realizaram um mutirão de corte de cabelo em prol dos desabrigados

Estadão Conteúdo
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Publicado em 07/05/2018 às 12:55
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Os profissionais realizaram um mutirão de corte de cabelo em prol dos desabrigados - FOTO: Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
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Seis amigos cabeleireiros se uniram para um mutirão de corte de cabelo das crianças e dos adultos desabrigados pelo desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida que ocupam a frente da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu. Eles chegaram por volta das 9h desta segunda-feira, (7). Em uma hora, foram cortados os cabelos de pelo menos 20 crianças.

Sorridente, o pequeno Isaac dos Santos, de três anos, deixou a cadeira com o cabelo brilhoso, lavado e repartido para o lado esquerdo. A mãe, a ajudante de cozinha desempregada Crispiniana Fernanda Santos, 30, usava os dedos para pentear os fios do filho. "Ficou bom, né? Está lindo demais", disse.

Moradores da zona leste e do ABC paulista, os seis cabeleireiros são amigos que se conheceram na Igreja evangélica. Nesta manhã, eles levaram cadeiras, capas protetoras, lâminas, pentes e escovas, além de cremes e gel. As crianças foram as primeiras a ter os cabelos cortados, em seguida foi a vez dos adultos. Quem quer um corte, senta nas cadeiras, dispostas em círculo no meio da ocupação isolada por grades.

Ideia

O cabeleireiro Thiago Teixeira, de 32 anos, trabalha em Aricanduva, na zona leste. Ele explica que a ideia surgiu em uma conversa informal entre os amigos. "Estávamos comentando sobre o acidente este fim de semana e alguém disse: 'Poxa, a gente podia ir lá cortar o cabelo deles, né?'. Juntamos as ideias e viemos. Vimos que essas crianças estavam passando por necessidade e decidimos ajudar", conta Teixeira.

Ele diz que a ajuda nasce de um sentimento de gratidão. "Já fomos todos ajudados por alguém um dia. No meu caso, foi o pastor que me ajudou. No caso dos outros amigos aqui, também teve a família que ajudou. A gente não pode só receber, né? Tem que ajudar. É a vez de dar a ajuda que a gente recebeu um dia".

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