Em reunião realizada nesta quarta, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit) reconheceu, oficialmente, que o potiguar Pablo Diego Inácio de Melo, 34 anos, foi mordido por um tubarão na Praia de Piedade, próximo à Igreja de Nossa Senhora de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no dia 15 de abril. O caso foi o 64º ocorrido no Estado, desde 1992, e possivelmente foi provocado por um único espécime de tubarão tigre (galeocerdo cuvier) – havia suspeita de que o homem poderia ter sido atacado por mais de um tubarão.
Leia Também
- Paciente vítima de ataque de tubarão tem mão amputada no HR
- Vítima de ataque de tubarão em Piedade pode ter mão direita amputada
- 'Lutei muito com o tubarão', diz homem que foi atacado em Piedade
- Mãe de banhista atacado por tubarão pede ajuda financeira
- Ataque de tubarão em Piedade é o 64° registrado em Pernambuco
Conforme a assessoria do Cemit, durante o encontro, coordenado pelo presidente do órgão, Coronel Leodilson Bastos, foram consolidados todos os dados relativos ao incidente, assim como analisados os documentos periciais e pareceres técnicos sobre o ocorrido.
“Esse foi o primeiro incidente no continente após três anos, o maior período sem ocorrências desde que foi dado início ao monitoramento, em 1992. É fruto de um importante trabalho desenvolvido pelos diversos órgãos que compõem o Cemit”, salientou o coronel. “Hoje, temos estudado não só o animal, mas também o comportamento humano, já que o tubarão encontra-se no ambiente dele. Além disso, as ações têm sido incrementadas, principalmente, no sentido de reforçar a fiscalização, o que vem sendo desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros”.
Participaram da reunião representantes do Instituto de Medicina Legal (IML), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE).
PARADA RESPIRATÓRIA
Pablo tomava banho com amigos quando atacado e chegou a lutar com o tubarão, sendo mordido nos braços e perna direita e tendo que amputar tanto a perna quanto a mão direita. “Ele continua na UTI do Hospital da Restauração e já passou por outras duas cirurgias de reparação e teve uma parada cardíaca na sexta-feira, mas, graças a Deus, voltou”, relata a mãe dele, Darlene Melo, 55. “Ele está consciente, já se sentou, mas os médicos falaram que o processo de recuperação é muito lento. Acredito que o pior já passou, ele está vivo. É esperar, ter paciência e fé em Deus”.