Impactados com a tragédia que vitimou dois policiais militares após serem atropelados pelo metrô, os parentes, amigos e companheiros de farda prestaram suas últimas homenagens. Os corpos dos agentes foram enterrados no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, nesta quarta-feira (16).
O sargento Enéas Severino da Silva, de 42 anos, e o cabo Adeildo José Alves, 40, foram velados durante esta tarde na Capela Central do cemitério.
Outras vítimas
A equipe, que estava formada por quatro agentes, teve apenas dois sobreviventes, que estão sob cuidados médicos.
O cabo Clécio Fagner Santos passou por uma cirurgia e segue em estado grave. Ele sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas, e permanece internado no Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, na área central do Recife.
Já o soldado Luciano Antônio da Silva, que fraturou o braço esquerdo, foi transferido do HR para o Hospital da Polícia Militar, também no Derby.
Segundo informações do soldado Carlos Guedes, policial amigo dos quatro envolvidos no acidente, ambos estão conscientes, mas não se lembram do que aconteceu.
O caso
O que era para ser uma ocorrência para evitar mais crime no Recife acabou se transformando em tragédia para a Polícia Militar de Pernambuco na noite dessa terça-feira (15). Durante incursão do 16º Batalhão nos trilhos do metrô próximo à Estação Joana Bezerra, na altura da comunidade do Papelão, na área central da cidade, quatro policiais que participavam da operação foram atingidos por um dos trens que passava no local.
O Sargento Éneas Severino Silva morreu no local do acidente e o Cabo Adeildo José Alves, 40, deu entrada morto no hospital. De acordo com informações passadas pelo boletim médico do Hospital da Restauração, o PM Clécio sofreu traumatismo craniano encefálico e segue em avaliação médica constante. Já o estado de saúde do PM Luciano é estável; ele fraturou o braço esquerdo e sofreu uma contusão no abdome.
A equipe estava nos trilhos do trem para iniciar uma operação para combater um homicídio. De acordo com Alberisson Carlos, presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), o efetivo do Gati do 16º BPM foi solicitado após a denúncia de que cinco suspeitos estavam prestes a executar um rapaz da quadrilha rival próximo à linha do trem. Segundo o 16º BPM, durante a incursão, houve troca de tiros entre bandidos e policiais. Porém, os disparos não teriam sido a causa da morte de policial algum. Após o tiroteio, os agentes teriam sido surpreendidos por um dos trens que passava no local e que acabou atingindo em cheio todo o efetivo.