Mesmo com a notícia divulgada com antecedência nos veículos de comunicação e em redes sociais, alguns motoristas e motociclistas foram pegos de surpresa com a interdição da Ponte do Janga durante este final de semana. Agentes e educadores de trânsito de Olinda e Paulista estiveram presentes nos bloqueios para orientar os condutores de veículos. A pista deverá estar liberada na manhã desta segunda-feira (1º).
“Moro no Recife e não venho com frequência para a Região Metropolitana. Não sabia da interdição e não conheço o caminho alternativo que os agentes ensinaram. Mas terei que arriscar”, afirmou o motoqueiro Kleber Sá de Lima, que ia visitar amigos no Janga e se deparou com o bloqueio na entrada de Rio Doce.
Com previsão de conclusão dos serviços para 2017, as obras da ponte fazem parte de uma intervenção maior: a duplicação de um trecho de pouco mais de 4km, da Avenida Cláudio Gueiros Leite, conhecida como PE-01. Com investimento de R$ 17 milhões (R$ 15,5 do Estado e o restante do município), a obra atrasou devido a impasses em relação aos recursos. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura de Paulista, houve dificuldades em relação à liberação de verbas por parte do governo.
PRÓXIMA ETAPA
Após a liberação da ponte, o próximo passo será a colocação da última camada da capa de rolamento da pista, de 5cm, e a sinalização vertical e horizontal. Para isso, serão necessários os R$ 4,4 milhões que devem chegar do Estado. Por meio de nota, a Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco (Seplag) informou que liberou, dia 31 de julho, uma parcela de R$ 1 milhão. A próxima parcela, do mesmo valor, será liberada este mês. Ainda não há uma previsão em relação à conclusão de todos os serviços.
O servidor público Marcos Feitosa, morador do Janga há 50 anos, lembra dos tempos em que precisava pegar uma balsa para atravessar de uma cidade a outra. “Houve melhorias. Apesar de lentas, temos que reconhecer que houve. Mas o engarrafamento ainda é muito grande. Não sei se com essa reforma vai melhorar. Quem mora em Paulista e trabalha no Recife precisa sair muito cedo de casa, por causa do trânsito”, reclama.