Patrimônio

Estação Central, onde funciona o Museu do Trem, faz 130 anos

A antiga Estação Central do Recife fica no bairro de São José. Museu do Trem foi criado em 1972

Da Editoria Cidades
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Publicado em 08/12/2018 às 8:08
Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem
A antiga Estação Central do Recife fica no bairro de São José. Museu do Trem foi criado em 1972 - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem
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Inaugurada em 1888 pela Great Western of Brazil Railway Company, a Estação Central do Recife, no bairro de São José, completa 130 anos de existência com programação aberta ao público das 11h às 14h deste domingo (09/12). A edificação, onde funciona o Museu do Trem, foi reaberta ao público em dezembro de 2014 e renomeada como Estação Central Capiba, numa homenagem ao compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa (1904-1997).

“A estação é um equipamento importante para a urbanização da cidade e uma joia da arquitetura de ferro em Pernambuco”, destaca a gestora do Museu do Trem, Márcia Chamixaes. O prédio da Praça Barão de Mauá, vizinho da Casa da Cultura, é um lugar de memória afetiva, diz ela. Pela estação, acrescenta, passaram diversas pessoas que, em suas chegadas e partidas, deixaram muitas histórias. “Queremos envolver mais a comunidade do entorno em nossas atividades.”

Quem visitar o prédio da estação neste domingo (9) acompanhará o lançamento do catálogo digital do Museu do Trem, elaborado pela Gerência Geral de Preservação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), a quem o equipamento é vinculado. O catálogo relata a história da edificação e traz uma linha do tempo dos últimos quatro anos do centro cultural. O Museu do Trem, fundado em 1972, é o primeiro do Brasil no gênero.

A versão impressa do catálogo será publicada em breve, pela Companhia Editora de Pernambuco, com distribuição limitada a escolas de referência, bibliotecas públicas e instituições culturais. Não haverá venda do material ao público. A programação também inclui a última edição do Projeto Relicários: memórias do som, que tem apoio do governo do Estado pelo Funcultura. O repertório é de música clássica, com piano de calda (Rachel Casado) e voz (Luiz Kleber Queiroz).

Caminhantes

Embora o acesso ao Museu do Trem é gratuito, é cobrado ingresso para apresentação musical no valor de R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia). O dinheiro arrecadado é destinado ao Lar Fabiano de Cristo. “Também vamos receber, na estação, integrantes do projeto Caminhadas Domingueiras, organizado pelo arquiteto e consultor Francisco Cunha”, diz Márcia Chamixaes.

Os caminhantes sairão do Cais da Alfândega, no Bairro do Recife, passarão pelo bairro de Santo Antônio e farão a última parada na Estação Central, num circuito pelos prédios de arquitetura de ferro da cidade. O Museu do Trem reúne mais de 500 peças que resgatam a memória ferroviária pernambucana, como cadeiras, bilheterias, carimbadores, sinalizadores, apitos, relógios, fotografias, cartazes e textos, entre outras relíquias.

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