Os batuques das nações de maracatu celebram, na noite desta segunda-feira (8) os ancestrais do povo africano que sofreram durante o período da escravidão, na tradicional Noite dos Tambores Silenciosos. O evento, que está na sua 56ª edição, acontece a partir das 20h, no Pátio do Terço, Centro do Recife. À meia-noite, todas as luzes são apagadas como parte da celebração.
O local onde acontece a festa não é por acaso. O Pátio carrega a história dos antepassados negros, em cada metro quadrado do espaço. Lá funcionava um dos primeiros terreiros nagô de candomblé em Pernambuco e também era espaço para venda de escravos.
HISTÓRIA
Uma discreta reverência, em homenagem prestada aos que morreram com a presença de maracatus tradicionais como o Leão Coroado e o Elefante de D. Santa, marcava o início da festa. Isso foi até 1968, quando o jornalista e sociólogo Paulo Viana, estudioso das questões negras e conhecedor dos Xangôs do Recife, transformou a noite em espetáculo.
Hoje em dia, A Noite dos Tambores Silenciosos é um dos momentos mais aguardados do Carnaval. Uma evocação que se revitaliza a cada ano, e encanta o público pela sua força e beleza.