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Segunda-feira de Carnaval em Olinda é frevo, suor e alegria

Cidade consagra sua marca de acolher a todos fazendo a festa com crianças, gigantes e uma multidão de foliões

JC Online
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Publicado em 27/02/2017 às 21:25
Bobby Fabisak/JC Imagem
FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Quem escolheu Olinda como destino da folia ontem encontrou tradição, muito frevo e as mais diversas manifestações culturais. Pela manhã, o bloco infantil Eu Acho é Pouquinho, o desfile dos bonecos gigantes e a Pitombeira dos Quatro Cantos comemorando 70 anos agitaram a cidade histórica. À tarde, dezenas de blocos, orquestras e o Maracatu Nação Pernambuco contribuíram para a festa, arrastando foliões de todos os cantos de Pernambuco, do País e do Mundo.

As primeiras notas de frevo soaram da Praça Laura Nigro, em Olinda. O bloco Eu Acho é Pouquinho saiu arrastando os pequenos foliões pelas ladeiras, com seu dragão na versão infantil, com chupeta na boca e vestindo as cores do bloco: amarelo e vermelho. Subindo a Ladeira da Misericórdia, o folião encontrou grandes personalidades em grandes dimensões, na Apoteose dos Bonecos Gigantes de Olinda, que seguiram pela Rua Saldanha Marinho até chegar ao Varadouro.

Bobby Fabisak/JC Imagem
Neste ano, 15 bonecos desfilam pela primeira vez - Bobby Fabisak/JC Imagem
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Neste ano, 15 bonecos desfilam pela primeira vez - Bobby Fabisak/JC Imagem

 

Partindo da Praça 12 de Março, a Pitombeira dos Quatro Cantos chegou ao Sítio Histórico em grande estilo para comemorar seu septuagenário com um desfile que contou com quatro orquestras e cerca de 300 integrantes. Ao chegar à Praça do Carmo, duas das quatro orquestras seguiram pela Rua do Bonfim e outras duas foram em direção à Rua Prudente de Moraes, passando pelos Quatro Cantos, até chegar à sede do bloco.

Quem subiu ao Alto da Sé se deparou com os famosos bonecos gigantes de Olinda. Neste ano, o desfile contou com 80 bonecos. Entre as novidades, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e Zezé de Camargo e Luciano, dupla que ganhou uma versão da música É o Amor em ritmo de frevo. Além deles, também estiveram presentes no bloco representantes de personalidades como Rita Lee, Neymar, Barack Obama e ainda a Estátua da Liberdade. O arquiteto paulista Luiz Fernando, que já veio ao Carnaval de Olinda, trouxe a namorada, Flora Bracco. “Eu vim há uns quatro anos. É muito diferente do Carnaval de São Paulo. Aqui é muito cultural, a própria cidade de Olinda já contribui para que seja assim”, comentou Luiz.

Tarde tranquila, mas com muito frevo

Na parte da tarde, um clima tranquilo, mas com muito frevo dominou a cidade histórica. Em frente à Prefeitura, uma orquestra ficava responsável por não deixar o público parado enquanto alguma troça se aproximava daquele tradicional ponto de encontro durante a folia.

Sob um calor forte, mas que não desanimava os brincantes, um grupo de quase 20 pessoas com cabeças que lembravam o peixe animado Nemo chamavam a atenção. A paulista Amanda Segnini, de 25 anos, que também possuía o adereço, explicou: “Hoje a gente veio de Nemo, mas cada dia tem uma fantasia. Ontem a gente veio de boinha”, disse ela, que acompanhava os turistas que faziam parte da brincadeira, com pessoas de São Paulo, Brasília e França.

Circulando pelos quatro cantos de Olinda, foi possível encontrar várias agremiações que agitaram a tarde de ontem como o Arre Égua Maxo Véi, T.C.M. O Pinguço, e até alguns blocos criados só para curtir entre amigos como o Por Isso Que Não Namoro, formados por casais e sem nenhuma orquestra.

Entre as mais diversas fantasias, Cláudio Batista, de 40 anos, encarou as ladeiras vestido de Storm Trooper, da saga Star Wars. “Nem conheço o filme direito, mas fiz questão de vir fantasiado para brincar este Carnaval maravilhoso”, disse ele, que veio de Fortaleza trazendo a namorada Marcela Farias, de 33 anos, a tiracolo, vestida da personagem Malévola.

Ao cair da tarde, o Maracatu Nação Pernambuco desceu as ladeiras encantando o público com os tradicionais figurinos, alfaias potentes e muitas evoluções. O clima de quem estava ali era de uma festa que as pessoas se recusavam a ir embora, esperando sempre uma orquestra passar para ir atrás.

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