O membro do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), Márcio Morais, vai entrar com ação na Justiça, nesta segunda-feira (16), para suspender a reunião realizada na última sexta-feira, que autorizou o aumento de 14,26% nas passagens de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR). Na ação, o estudante de direito também pede auditoria dos valores apresentados pelas empresas de ônibus e o governo do Estado para justificar o reajuste, que entrou em vigor ontem.
Leia Também
- Em Olinda, 14 linhas de ônibus mudam itinerário para obras da Compesa
- Aumento das passagens de ônibus começa a valer neste domingo
- Veja como chegar de ônibus a oito pontos turísticos de Recife e Olinda
- Grupos realizam protestos contra aumento de passagem de ônibus no Recife
- Após aumento de passagem, 467 ônibus devem ser renovados em 2017
A reunião foi realizada pelo conselho, às pressas, e sob protestos de estudantes. Márcio alega que houve “obscuridade e vícios” no processo para definir os valores. “O governo não apresenta uma planilha com o detalhamento dos custos de operação. Por exemplo, diz que gastou R$ 2 milhões com compra de óleo diesel, mas não diz a quantidade comprada e nem a quantidade usada. Como podemos saber como eles chegaram nesse valor?”, questiona Márcio, representante do segmento estudantil do conselho.
O estudante também questionou o aumento implantado em 2016. “Entrei com ação no ano passado. Os empresários de ônibus não cumpriram com a contrapartida prometida de renovação da frota e implantação de ar-condicionado. O usuário de transporte público, continua penalizado”, complementa.
Com a aprovação do aumento, a passagem de ônibus do anel A (usado por 85% dos passageiros de ônibus da RMR) passou de R$ 2,80 para R$ 3,20; o B, de R$ 3,85 para R$ 4,40; o D, de R$ 3,00 para R$ 3,45, e o G será reajustado de R$ 1,85 para R$ 2,10. As linhas opcionais também sofrem impacto.
PROTESTO
A Frente Popular de Luta pelo Transporte Público se reúne nessa segunda-feira (16) para decidir quais medidas serão tomadas para anular o aumento. Na terça (17), os integrantes do movimento realizam um novo ato, às 15h, com concentração marcada na Rua do Hospício, em frente ao antigo Ginásio Pernambucano.