Maio Amarelo

No Estado, 42 mil pessoas foram multadas por não usarem cinto em 2016

Cerca de 31 mil multas foram refentes aos motoristas e 11 mil aos passageiros

JC Online
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Publicado em 11/05/2017 às 17:31
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Cerca de 31 mil multas foram refentes aos motoristas e 11 mil aos passageiros - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC Imagem
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Assim como a cor amarela, que simboliza atenção em sinais de trânsito, o Maio Amarelo tem como objetivo chamar a atenção da população para alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Com o tema #MinhaEscolhaFazADiferença, a campanha quer alertar, entre tantos cuidados necessários, sobre a utilização do cinto de segurança. Segundo os dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), no ano de 2016, 42.467 pessoas foram multadas pela falta de utilização do cinto, sendo 31.443 referentes aos condutores e 11.024, aos passageiros.

Do total de 36.312 acidentes registrados em Pernambuco pelas 17 Unidades Sentinelas de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre (Usiatt) em 2016, 3.627 ocorreram com veículos em que é obrigatório o uso de segurança (como carros, por exemplo). Destes, o Usiatt registrou 2.136 sobre o uso ou não de cinto de segurança pelos condutores, o que mostrou que 47,7% dos motoristas que se envolveram em acidentes não estavam usando o equipamento. Enquanto isto, 1.118 utilizaram o item de segurança, o que corresponde a 52,3%.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no Art. 65, é obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Os cintos são equipamentos obrigatórios em todos os veículos, com algumas exceções. Uma delas são os que fazem transporte de passageiros em percussos em que seja permitido viajar em pé, como é o caso dos ônibus metropolitanos.

Embora motoristas e passageiros saibam da importância de utilizar o item, o número real de quem faz a utilização ainda é preocupante. Mais da metade dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, não usa o cinto na parte de trás dos carros. Já no banco dianteiro dos veículos, cerca de 80% dos motoristas/passageiros usam o cinto.

A infração de número 5185 - em que o condutor ou passageiro deixam de usar o cinto de segurança - é considerada grave. Segundo o artigo 167 do CTB, o motorista pode receber cinco pontos na carteira, tem que pagar uma multa no valor de R$ 195,23 e o carro corre o risco de ficar retido. O gerente de ensino do Detran-PE, Ivson Correia, reforça a necessidade do uso do cinto. "É importante lembrar que esta é uma infração de responsabilidade do condutor", explicou Ivson. Ele acrescenta que o número de multas poderia ser ainda maior se houvesse uma forma de fiscalização além do flagra de um agente de trânsito.

Tipos de cinto de segurança

Os cintos são apresentados de duas maneiras, o de dois (pélvico e torácico) e três pontos, que pode ser retrátil. O cinto de três pontos é considerado mais seguro, desta forma, a partir de 2020, todos os carros deverão sair de fábrica contendo apenas este tipo de cinto, com algumas exceções, segundo a resolução do Contran. O conselho ainda reforça outros cuidados necessários com o equipamento: cintos de carros que já tenham se envolvido em acidentes devem ser trocados.

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