A licitação da segunda etapa do Eixo Cicloviário Estruturador, que deveria ter sido anunciada em abril, vai sair em até 15 dias. Esta é a promessa da Secretaria de Esportes, Turismo e Lazer (Seturel). O atraso, segundo o órgão, foi em virtude de mudanças no traçado original da nova etapa da rota, do Recife a Olinda. O edital está em tramitação na Procuradoria-Geral do Estado.
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Em nota, a diretora de mobilidade de Olinda, Carla Leite, confirmou o pedido de alteração no projeto: um trecho que seria numa calçada foi transferido para a via local, relatou, sem detalhes.
A segunda etapa do Eixo Cicloviário ligará a Fábrica Tacaruna, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, até o Varadouro, em Olinda. A extensão prevista é de 2,35 quilômetros. Os recursos utilizados serão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com projeto da Prodetur, o programa nacional de turismo.
O Eixo
O projeto inteiro do Eixo Cicloviário Estruturador vai do Marco Zero do Recife até Igarassu, na Região Metropolitana. Em cinco etapas, somará quase 31 quilômetros de rota para ciclistas.
A primeira etapa, ligando o Marco Zero à Fábrica Tacaruna, foi inaugurada em 23 de abril. O trecho, batizado de Ciclofaixa Camilo Simões, homenageia o secretário falecido em outubro de 2016. O investimento ficou em R$ 2,4 milhões.
A primeira parte da rota foi alvo de críticas de cicloativistas, especialmente pelos trechos em que a pessoa tem que descer da bicicleta e caminhar,a exemplo da Ponte Princesa Isabel, no Centro da capital.
Nas vésperas do lançamento da etapa, o secretário Felipe Carreras, em visita ao Sistema Jornal do Commercio, colocou pano morno no assunto: “São só duas pontes. Em diversos lugares no mundo existem locais em que o ciclista tem que se comportar como pedestre”, argumentou.
Para o cicloativista Roderick Jordão, da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), a rota não deveria ter seguido pela pista local da Avenida Agamenon Magalhães. “Seria melhor que a ligação com Olinda fosse feita pela Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro. Seria mais fácil. Tem muito ciclista que não vai deixar de ir pela Cabugá”, criticou.
Outro ponto de polêmica foi a mão inglesa que estava prevista. No entanto, alguns dias depois da divulgação e consultas, a Seturel pediu que a Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU) cancelasse a forma diferenciada.