Apesar de não aderirem à paralisação da Greve Geral, rodoviários estão com os veículos parados no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife. O protesto acontece desde às 7h, quando os rodoviários paralisaram os veículos na Ponte Duarte Coelho e na Avenida Guararapes. Segundo informações da TV Jornal, os ônibus só vão voltar a circular às 12h. Nessa quinta-feira, o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco (STTREPE) decidiu não paralisar em respeito à decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), que ordena que rodoviários garantam o mínimo de circulação durante greve geral.
08h36 Paralisação dos rodoviários no Centro do Recife (Guga Matos/JC Imagem) pic.twitter.com/sP9jAOCQ1O
— JCTrânsito (@jctransito) 30 de junho de 2017
Com o protesto, o trânsito na Avenida Conde da Boa Vista está complicado no sentido Cidade. Há agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) para orientar os motoristas no local. De acordo com a CTTU, a alternativa para os motoristas é a Rua do Príncipe para chegar à Ponte Princesa Isabel.
Parte de frota dos BRT's não funciona
Os moradores de áreas de Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, na Região Metropolitana Norte do Recife (RMR), iniciaram a manhã enfrentando dificuldades no transporte. De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, o Conorte, consórcio formado pelas empresas Cidade Alta, Itamaracá e Rodotur está com parte a frota de BRTs fora de operação. No terminal da rodovia PE-15, em Olinda, ônibus comuns operam no lugar do Bus Rapid Transit (BRT).
06h58 TI da PE-15 pic.twitter.com/eYdS5amQkw
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Metrô
Entre Recife e Jaboatão, a paralisação atinge a linha sul do metrô, que não funcionará pelo menos nas primeiras horas do dia. Já a linha centro funciona normalmente até as 9h, paralisando em seguida e retomando o funcionamento às 16h.
Paralisação na segunda-feira
A partir da 0h de segunda-feira (3), os rodoviários deverão cruzar os braços por tempo indeterminado. É o que afirma o presidente do sindicato que representa a classe (STTREPE), Genildo Pereira. A medida acontece após cinco tentativas de frustradas de negociação salarial. Genildo explica que não houve conciliação em torno do dissídio coletivo com a Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de ônibus. “Não houve consenso. Após cinco rodadas de negociação, fizemos uma assembleia geral e a categoria decidiu pela greve. A priori, a paralisação será de 100%”, diz.
A proposta final do sindicado é de reajustes de 7% no piso salarial e 25% no ticket alimentação, assim como a manutenção dos cobradores nos ônibus. De acordo com Aldo Lima, rodoviário da oposição e integrante do movimento CSPconlutas, foi oferecido apenas 4% de aumento. Procurada pelo JC para comentar o assunto, a Urbana-PE afirmou não ter sido notificada oficialmente da decisão da categoria.
Atualmente, motoristas ganham R$ 2.113,01; cobradores, R$ 971,97; e ficais e despachantes, R$ 1.366,40. O vale-alimentação passou de R$ 205 para R$ 225, sendo pago também durante as férias. O reajuste foi de 9,5% e aceito após seis rodadas de negociação. Se a proposta do sindicato (7% sobre o salário e 25% sobre o vale-alimentação) fosse aceita, os motoristas, por exemplo, passariam a ganhar R$ 2.260,90; e o vale seria elevado para R$ 281,25.