Lei Seca

Lei Seca: Menos de 2% dos condutores foram autuados por alcoolemia em Pernambuco

Em pouco mais de 5 anos de operação, 2.000.245 condutores foram fiscalizados

JC Online
Cadastrado por
JC Online
Publicado em 23/08/2017 às 16:45
Foto: Fernando da Hora/ Acervo JC Imagem
Em pouco mais de 5 anos de operação, 2.000.245 condutores foram fiscalizados - FOTO: Foto: Fernando da Hora/ Acervo JC Imagem
Leitura:

A Operação Lei Seca atingiu a marca de 2 milhões de condutores fiscalizados em Pernambuco. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), responsável por coordenar a campanha, de dezembro de 2011 até agosto de 2017 foram contabilizados 37.993 casos de infrações por alcoolemia, quando há constatação do uso da bebida alcoólica pelo condutor, crime por ultrapassar o teor alcoólico determinado pela legislação ou recusa ao teste do bafômetro, o que representa menos de 2% do total das abordagens.

Ainda de acordo com dados da SES, aproximadamente 94% dos condutores foram liberados por não cometerem nenhuma infração e 6% foram multados por algum tipo de irregularidade no veículo. "Essa porcentagem evidencia o trabalho proposto pela Lei Seca, que tem foco na prevenção e na mudança do padrão de comportamento dos motoristas em relação ao consumo de álcool e o uso da direção. As ações de fiscalização estão aliadas, sobretudo, à orientação aos condutores", conta Fábio Bagetti, coordenador da Operação Lei Seca.

Do total das abordagens realizadas pelas equipes, 50% foram em veículos de passeio, 33% foram motocicletas, e os outros 17% se dividem entre utilitários - veículos usados para transporte -, táxis, ônibus e cinquentinhas. Desde 2012 a Operação Lei Seca foi ampliada em Pernambuco, passando de seis para nove equipes, tornando-se, proporcionalmente à população, a maior do País.

História de superação

O JC Trânsito contou, em maio deste ano, a história de Jaime Tertuliano. Ele conduzia alcoolizado uma cinquentinha em 2004 quando caiu de costas no meio-fio. Com o acidente, ele ficou paraplégico. Depois de passar dois meses internado no Hospital Getúlio Vargas, uma ligação alterou o rumo de sua vida. "Perguntaram se eu topava trabalhar ajudando a salvar vidas como palestrante", contou ele, que já desempenha a função há cinco anos.

Multa mais cara

Em novembro do ano passado, a multa para quem dirige alcoolizado ou recusa fazer o teste do bafômetro aumentou. Se antes o condutor tinha que pagar R$ 1.915, o valor subiu para R$ 2.934,70, além da suspensão da carteira de habilitação pelo prazo de 12 meses. O reajuste foi o primeiro em 16 anos.

Últimas notícias