*Atualizada às 14h23
Motoristas da Uber e outros aplicativos de transporte individual fizeram um protesto nas ruas do Recife, na manhã desta segunda-feira (26). A manifestação fez parte de uma mobilização nacional da empresa, que é favorável à aprovação do projeto de lei 5587 e destaques, que regulamenta os aplicativos de transporte individual de passageiros e que deverá ser votado pela Câmara dos Deputados. O protesto se concentrou em frente ao Classic Hall, na Avenida Agamenon Magalhães, em Olinda, e seguiu para o Centro do Recife, através da Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro. O ato foi finalizado no Palácio do Campo das Princesas.
"O projeto foi modificado no Senado e agora volta para a Câmara. Da forma como volta do Senado é positivo para nós e é isto que queremos que seja aprovado. Foram retirados vários pontos que nos prejudicavam, como as placas vermelhas. Da forma como estava antes, nós éramos transformados em transporte público", afirma Thiago Silva, motorista de aplicativo e diretor de comunicação do sindicato da categoria. O protesto teve fim por volta das 12h30.
Reunião
Após a carreata, uma comissão foi recebida pelo secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto. "Nós tivemos uma conversa com ele. Pedimos apoio sobre a questão da 'lei do retrocesso'. Também pedimos mais segurança pública e isenção ou algum tipo de desconto para os motoristas de aplicativos", explica Thiago Silva, motorista de aplicativo.
Campanha
Nas redes sociais da empresa, nos emails dos usuários, há uma forte campanha contra a lei que regulamenta os aplicativos. Na página do Facebook e uma hashtag no Twitter, a Uber subiu um tópico para falar sobre a "Lei do retrocesso".
Entenda
Em outubro do ano passado, o Senado aprovou com alterações o PLC 28/2017, que regulamenta serviços de transporte que usam aplicativo. Entre as alterações que foram feitas estão a retirada da obrigatoriedade do uso de placas vermelhas e a exigência de que o condutor seja proprietário do veículo. Também foi aprovada emenda que atribui ao município apenas a competência para fiscalizar o serviço dos aplicativos. A prefeitura não terá o papel de autorizar o exercício da atividade, como estava previsto no texto original da Câmara.
Com essa alteração, caiu o ponto principal do PLC 28/2017, do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que estabelecia que empresas como o Uber são prestadoras de serviço público, dependentes de regulamentação, e que os motoristas precisariam de permissão para trabalhar.