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Sinagoga abre as portas e faz exposição sobre cultura judaica

São desenhos retratando a fachada e o interior do templo israelita da Rua do Bom Jesus, a Ponte Maurício de Nassau, o Engenho Camaragibe e outros lugares ligados à rota judaica em Pernambuco

Do JC Online
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Publicado em 17/10/2012 às 0:43
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A Sinagoga Kahal Zur Israel, no Bairro do Recife, abre as portas, nesta quarta (17), para uma nova exposição de divulgação da cultura judaica. São desenhos retratando a fachada e o interior do templo israelita da Rua do Bom Jesus, a Ponte Maurício de Nassau, o Engenho Camaragibe e outros lugares ligados à rota judaica em Pernambuco. A mostra será inaugurada às 19h.

Tânia Kaufman, presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, instalado no prédio da sinagoga, informa que a exposição Recife: A Primeira Sinagoga das Américas e a Rota Judaica em Pernambuco se completa com o lançamento do Caderno de Desenhos, Livretos e DVD. Todos à venda hoje.

Infográfico

Sinagoga Kahal Zur Israel faz exposição sobre cultura judaica

O Caderno de Desenhos, diz ela, é uma coleção de 16 lâminas, reproduzindo o material da exposição. Tânia assina os textos ao lado das imagens, em preto e branco. “Como as lâminas são soltas, a pessoa pode emoldurá-las e fazer quadros”, sugere a pesquisadora. A mostra vai substituir a exposição "A história através do olhar".

Além dos desenhos, o público contemplará dois mosaicos, numa iniciativa do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco e da Fundação Artística Cultural Ibero-americana. Os desenhos são do arquiteto espanhol José Maria Plaza Escrivá e os mosaicos, da arquiteta Sandra Paro. José Maria percorreu a rota judaica pernambucana para criar os desenhos.

Ele já produziu trabalho semelhante com os becos e sobrados de São Luiz do Maranhão, as ladeiras, igrejas e casario de Olinda e as edificações barrocas do Recife. Os mosaicos foram criados a partir dos desenhos de José Maria e, de acordo com Sandra Paro, fazem uma conexão entre os judeus sefarditas de Pernambuco e a comunidade judaica de Toledo (Espanha), de onde migraram.

Os mosaicos representam a Sinagoga Santa Maria la Blanca, de Toledo, considerada a mais bela Sinagoga Sefardi, e a Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas, fundada no século 17, durante a ocupação holandesa no Nordeste brasileiro (1630-1654).

“Estamos usando uma nova linguagem – desenhos e mosaicos – para divulgar aspectos da cultura judaica”, comenta Tânia Kaufman. Na abertura da exposição, o dançarino França José Antônio faz uma apresentação de Danças Circulares Israelitas. O Museu Sinagoga funciona das 9h às 16h30.

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